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Economia

Ninguém tem a fórmula mágica para tirar o Brasil do atual momento de crise econômica, mas é preciso agir em vez de aguardar sentado a melhora das condições globais. Este é o tom da coluna do diretor-presidente da CSN (CSNA3), Benjamin Steinbruch, escrita à Folha de S. Paulo. No texto, o executivo defendeu a desvalorização do real como fator importante para o incremento das exportações, mas não como a solução de todos os problemas do país. Ele também ressaltou a importância do mercado doméstico para a recuperação da economia nacional e a importância do crédito para tal, pondo mais lenha na fogueira da discussão da política econômica implementada nos últimos anos.

"A desvalorização do real, uma das maiores entre as moedas emergentes, já começou a ajudar as exportações. É indispensável incentivá-las ainda mais, especialmente nas áreas em que o país é competitivo, como em produtos agroindustriais. Não se pode esperar, porém, que a recuperação da economia venha apenas do impulso exportador. Até porque, segundo todas as previsões, a demanda global vai se retrair ainda mais no curto prazo com a queda do petróleo", escreveu Steinbruch.

Complementando a iniciativa além-mar, mesmo em um momento de menor ímpeto chinês -- país que manteve a maior parte das trocas que o Brasil teve no cenário internacional de comércio --, o executivo aposta no aproveitamento do vasto mercado interno. "Reativá-lo é possível, apesar do pessimismo e das críticas injustas ao modelo adotado na crise de 2008. É obrigatório também retomar investimento em infraestrutura e construção", observou. "A receita para reaquecer o consumo interno passa pelo crédito. Às famílias endividadas e inadimplentes pode ser oferecida a renegociação dos empréstimos com juros civilizados. E às empresas combalidas, refinanciamentos para que possam levantar e andar".

No tema de juros, Steinbruch ainda opinou sobre a decisão do Banco Central, que, na semana passada, manteve a Selic a 14,25% ao ano, apesar de sinalizações anteriores apontarem para um novo ciclo de altas. O anúncio agradou o executivo, assim como boa parte do setor produtivo. "Na semana passada, prevaleceu o bom censo (...) Um país arrasado pela recessão não pode aumentar sua taxa básica de juros, a menos que queira ser motivo de chacota global".

 

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