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Pietro Labriola disse que o WhatsApp tem o que nenhuma operadora conseguiu com o MMS: rapidez na transmissão (Foto: Reprodução)Pietro Labriola disse que o WhatsApp tem o que nenhuma operadora conseguiu com o MMS: rapidez na transmissão (Foto: Reprodução)

Operadora puxa fila da reação de teles ao comportamento dos usuários; WhatsApp, Facebook e Netflix estão na lista

A Tim foi a primeira operadora de telefonia do país a dar o braço a torcer e desistir de brigar com os aplicativos de mensagens. Antes considerados vilões, chamados até de “operadoras piratas” porque tiravam tráfego de voz da telefonia tradicional, eles agora são parceiros.

Até o próximo dia 15, clientes da Tim passarão a ter uma série de aplicativos já incluídos em seus pacotes (de pré-pago, pós-pago e controle) sem gastar a franquia de dados. De acordo com o plano de cada usuário, essa oferta inclui WhatsApp e Facebook Messenger com chamadas de áudio ilimitadas, além de Waze, Easy Taxi, Twitter, Facebook, Instagram, Netflix, Looke, Cartoon Network e Esporte Interativo Plus. Nos pacotes com 10 GB ou mais de internet, entra também o YouTube.

Quem tem o pré-pago terá WhatsApp e Messenger sem limite para áudio e sem aumento do preço, que começa em R$ 9,99 por semana. Usuários de outros planos pré-pagos poderão contratar esse pacote de comunicação à parte, por R$ 1,50 diários. Os planos mais turbinados, os pós-pagos a partir de 10 GB mensais, já tinham o dobro da franquia dedicada exclusivamente a vídeos. Agora, pelo mesmo preço, terão o tráfego de dados de YouTube, Netflix, Looke e Cartoon Network. Já o Esporte Interativo será liberado. “Aquela famosa frase ‘WhatsApp era pirataria’ foi há três anos. Nesse mercado, em três anos tudo muda muito”, reconheceu o COO (diretor de operações) da Tim Brasil, Pietro Labriola. “Não faz sentido brigar com o que o cliente quer”, completou.

O executivo italiano, que dirige as operações da Tim Brasil a partir do Rio de Janeiro, foi adiante e fez um mea-culpa. “O WhatsApp fez o que nenhuma operadora conseguiu fazer com o MMS. Lembra do MMS, que você anexava uma foto, demorava para mandar e você não tinha certeza se chegou?”, brincou, arrancando risos dos jornalistas presentes no lançamento.

A Tim está puxando a fila da reação das operadoras ao comportamento do usuário. Entre fevereiro do ano passado e o mesmo mês deste ano, mais de 7,2 milhões de linhas móveis foram canceladas no país, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Muitas dessas linhas pertenciam a pessoas que tinham dois ou três chips ao mesmo tempo, um de cada empresa, para falar de graça em ligações para a mesma operadora. Com os aplicativos de mensagem que aceitam conversas como tráfego de dados e voz, essa necessidade de múltiplos chips acabou.

“Estamos atentos à substituição da voz por novas formas de comunicação”, disse Labriola. “O mercado precisava muito mais de dados que de voz. Mudou a regra do jogo”, concluiu. A Tim não está “queimando receita” ao dar aplicativos para que seu usuário privilegie dados em vezes de voz. Cada vez que um cliente de uma operadora liga para um de outra, a operadora que faz a chamada paga uma taxa de interconexão, hoje em R$ 0,05 por chamada. Com a voz sobre IP dos aplicativos, as empresas não pagam mais esse valor. “Temos que lembrar que o cliente já está no WhatsApp. Ele vai sair do aplicativo, entrar nos contatos e procurar a pessoa para ligar pela rede tradicional? Não”, exemplificou.

Nem o WhatsApp, nem os demais aplicativos pagam à Tim para estar nesses pacotes. “Não é uma parceria comercial. Sou eu que tenho que colocar WhatsApp no meu pacote para ajudar o cliente. Ao mesmo tempo, nos livramos do preço da interconexão”, finalizou.

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