A presidente do Sindicato do Comércio Patronal de Camaçari e Região, Juranildes Melo, foi direta e objetiva: o comércio de Camaçari não vai parar nesta sexta-feira (28), durante o protesto contra as reformas trabalhistas e da Previdência propostas pelo governo do presidente Michel Temer. Em nota, a presidente afirma que "no exercício de suas atribuições, como legítimos representantes da classe patronal", ficou estabelecido que o comércio varejista de Camaçari irá funcionar normalmente.

A greve nacional contra as reformas da Previdência, Trabalhista e a Lei da Terceirização, todas propostas do governo Michel Temer (PMDB), acontecerá somente na sexta-feira (28), contudo, as manifestações já começaram em Camaçari. Na manhã dessa quinta-feira (27) o Movimento dos Desempregados de Camaçari travou o transito na Via Parafuso próximo ao Viaduto do Trabalhador.

Os professores da rede pública de Camaçari amanheceram na porta da Prefeitura em manifestação ao atraso do governo em apresentar uma proposta inicial para começar a rodada de negociações da campanha salarial da categoria esse ano.

Quem tentou chegar ao Polo de Camaçari nas primeiras horas da manhã dessa quarta-feira (26) encontrou as vias de acesso ao complexo petroquímico travadas. Isso porque algumas centrais sindicais realizaram uma prévia da paralisação nacional marcada para sexta-feira (28) em manifestação a reforma da previdência, a reforma trabalhista e a lei da terceirização, todas medidas do presidente Michel Temer (PMDB).

O fornecimento de energia e água da Câmara Municipal de Camaçari que foi cortado no início da noite da terça-feira (25) foi restabelecido na manhã da quarta-feira (26). O corte aconteceu numa tentativa de intimidar e fragilizar a ocupação do local feita por estudantes em reivindicação ao aumento da tarifa do transporte público de Camaçari, autorizado pelo prefeito Antônio Elinaldo (DEM), sem nenhuma audiência pública para discutir com a sociedade os problemas do serviço.

Um princípio de tensão tomou conta da Câmara de Vereadores de Camaçari no início da noite de terça-feira (25), quando foram cortados a água e a luz. Acampados há sete dias no local, os estudantes que protestam contra o aumento da tarifa do transporte público municipal usaram as redes sociais para pedir ajuda e acusam o presidente da Casa, Oziel Araújo (PSDB) de 'ditador' e 'tirano'.