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Molusco Glaucus atlanticus, mais conhecido como dragão azul, foi avistado na praia de Jacuípe (Foto: Reprodução)Molusco Glaucus atlanticus, mais conhecido como dragão azul, foi avistado na praia de Jacuípe (Foto: Reprodução)

No último domingo, dia 7, um exemplar incomum do molusco Glaucus atlanticus, mais conhecido como dragão azul, foi avistado na praia de Jacuípe, em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. Murilo Nascimento, frequentador assíduo da praia há três anos, teve a sorte de registrar uma imagem do animal ainda vivo na areia. "Nunca tinha visto esse animal lá e nem em lugar nenhum. Achei bem estranho", compartilhou Murilo.

Essas criaturas marinhas, que são parentes distantes dos caracóis e búzios, não possuem concha e são encontradas flutuando em águas oceânicas longe da costa. Quando ventos vindos dos quadrantes Sul e Leste sopram com mais intensidade, esses pequenos animais de coloração vibrante e forma exótica ocasionalmente são levados às praias.

Especialistas consultados pelo CORREIO explicaram que os dragões azuis se alimentam principalmente de cnidários, como caravelas e porpitas, e possuem cnidócitos em seu corpo, células que podem causar irritações na pele semelhantes a queimaduras. No entanto, ao contrário de crenças passadas disseminadas por mensagens falsas, esses animais não representam ameaças graves aos seres humanos.

Cláudio Sampaio, coordenador do Laboratório de Ictiologia e Conservação da Universidade Federal de Alagoas, esclareceu: "Hoje sabemos que o dragão azul não causa acidentes, são animais delicados e raramente observados por banhistas, então caso encontre um na praia, nada de pânico". Ele enfatizou ainda que avistamentos como este são importantes para entender melhor a distribuição e o comportamento dessa espécie marinha fascinante.

De acordo com Vinicius Padula, pesquisador do Departamento de Invertebrados do Museu Nacional, há cerca de dois anos circulou uma fake news no WhatsApp alertando sobre a suposta periculosidade dos dragões azuis, o que foi prontamente desmentido. "É um privilégio poder ver esse animal, porque ele é muito bonito. Mas, como todo animal silvestre que está em seu ambiente, não deve ser manipulado", acrescentou Padula.

O departamento de Malacologia do Museu Nacional publicou esclarecimentos nas redes sociais em 2020, desmentindo os boatos e reafirmando que o dragão azul é inofensivo. Caso algum exemplar seja encontrado na praia, é recomendado fotografá-lo e enviar as informações sobre o avistamento para centros de pesquisa, universidades, museus e ONGs dedicadas à vida marinha, para contribuir com estudos sobre essas criaturas tão singulares.

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