Em Camaçari, município da Bahia, duas iniciativas buscam ampliar o espaço das mulheres na robótica: os projetos Tech Girls e Robôchicas. Diante da baixa representação feminina nos campeonatos de robótica, as Tech Girls foram criadas pelo Colégio Sesi Milton Santos, Campus Camaçari, com o objetivo de ampliar a participação das mulheres nesse campo.
O grupo, iniciado em 2023, venceu a Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) Nacional na categoria Responsabilidade Social e Divulgação Científica, com o robô Jaque, em homenagem à sua professora de geografia e à pesquisadora Jaqueline Goes. Além das competições, as Tech Girls desenvolvem um podcast para desmistificar temas relacionados à robótica, proporcionando mais visibilidade e inspiração para outras mulheres.
"Ainda há uma invisibilidade, uma subparticipação, devido aos processos estruturais, como o machismo. Além disso, estamos falando de mulheres negras. Essas meninas trazem consigo uma narrativa étnico-racial muito poderosa em suas trajetórias", destaca a orientadora, em entrevista para a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Salvador da Bahia (SECTI).
Já as Robôchicas, lideradas por Ana Carolina Balbino e Fernanda Roza, surgiram na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Camaçari. "Quando percebemos que não tinha equipe com mulheres, olhamos e falamos 'Vamos nos levantar e lutar!'. E foi aí que nasceram as Robôchicas", afirma Ana em matéria do SECTI.
O grupo conquistou o 3º lugar em uma competição e, desde então, foca em capacitar e atrair mais mulheres para a área de ciência e tecnologia. Com workshops e oficinas, as Robôchicas buscam promover a representatividade feminina e negra na robótica.
"A perspectiva é continuar impactando mais mulheres na área da ciência e da tecnologia, usando a robótica como vetor principal, levando, principalmente, a representatividade negra", revela Fernanda Roza.
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