Trabalhadores do Pólo Petroquímico de Camaçari evacuaram o complexo sob suspeita de vazamento químico (Foto: Reprodução | Facebook)
Depois da noticia de que trabalhadores do Pólo Petroquímico de Camaçari evacuaram o complexo (foto) sob suspeita de vazamento químico, na manha desta quinta-feira, 28, o superintendente do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari – Cofic, Érico Oliveira, em entrevista ao Bahia no Ar, da Radio Sucesso FM, disse que não houve vazamento e que apenas “um odor não identificado” teria sido sentido por ‘funcionários de três empresas’ e que a CETREL (Central de Tratamento de Efluentes Líquidos), teria sido acionada e colhido amostras para analise.
Oliveira, que disse que tratou-se de “algo localizado”, e assegurou que as empresas que foram evacuadas pela manhã estavam trabalhando normalmente à tarde, no entanto não foi objetivo ao ser perguntado sobre o perigo de explosão. Apenas repetiu que não houve vazamento e, conforme publicação do Bahia no Ar, “a situação é de normalidade operacional”.
No entanto não será preciso uma explosão para que a saúde da comunidade local sinta abalos.
São Paulo
Em 2014, conforme reportagem da Rede Record, um estudo apontou que a poluição teria atingido quatrocentas pessoas residentes do município de Mauá, causada pelas empresas do Pólo Petroquímico do ABC Paulista, com problemas na Tireóide. Conforme matéria televisiva da época, casos de todos os membros de uma mesma família terem sido acometidos pela doença. Conforme a endocrinologista, Maria Ângela Zacarelli, que diz que quem tem problema na Tireóide tem uma porta escancarada para outras patologias, todos os casos tem relação direta com a poluição do ar.
Em 2016, conforme publicação do Camaçari Fatos e Fotos (CFF) por causa da polução, atípica ao costume local, a população camaçariense lotou os postos de saúde por semanas, pelos fortes odores, com a garganta inflamada, vias respiratórias irritadas, enjoando, e sentido falta de ar, sem que qualquer resposta pública satisfatória fosse dada, nem pelo Cofic, nem pela Cetrel, e muito menos pela prefeitura, ainda durante o martírio da comunidade, que teve que esperar a poluição, pelo menos a perceptível, e fedentina passar á base de ‘oração’. Só não se sabe se, como as narinas, o organismo das pessoas terão passado ilesos pela experiência.
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