Das 1027 famílias beneficiadas, 586 são do Sítio Verde e 441 do Sítio Horizonte.
1.027 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida, foram enfim entregues no último sábado 24, às famílias que, cadastradas, esperavam há quase dois anos a consumação da realização do sonho da casa própria em Camaçari, mesmo com as unidades já prontas desde o final de 2016.
Trazido pelo ex-prefeito Luiz Caetano (PT) desde seu lançamento em abril de 2009 pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o programa que já havia favorecido mais de 15 mil famílias no município, elevando Camaçari à cidade mais beneficiada pelo programa no Estado, com investimento previsto de R$ 2 bilhões e 30 mil empregos diretos, não alcançou o município na última remessa, de 25.664 unidades anunciadas para a Bahia pelo Ministério das Cidades, em junho do ano passado, justamente pela ociosidade (atraso) que, conforme as novas regas, tem como limite suportável até 5´% das unidades prontas e legalizadas não por tempo maior que 60 dias sem serem entregues, e no caso dos Residenciais Sítio Verde e Sítio Horizonte, essa ociosidade já superava em mais de 03 vezes esse prazo e não de apenas 5% mas de todas as 1027 unidades dos dois residenciais entregues no sábado passado.
Mas o prefeito Elinaldo Araújo (DEM), a quem contudo deve ser creditado a responsabilidade pela exclusão da cidade no programa, já que em 60 dias o secretario Junior Borges ao assumir “desembaraçou a coisa”, o que indica que era sim possível de ser feito antes da exclusão da cidade, e que tem sido chamado de “prefeito das obras prontas” e de estar se beneficiando politicamente com as obras do seu principal algoz político, o deputado federal e ex-prefeito Luiz Caetano, nesse quesito vem trazendo uma novidade que nem Caetano nem Ademar pensou: uma estratégia para coibir a ação, tanto dos estelionatários quanto de quem, depois de se apossar legalmente do imóvel, busca “vende-lo” a terceiros quando a ação é expressamente proibida por lei, o que não fez nem Ademar nem Caetano mesmo com as denúncias de que se tinha notícia.
Ainda que nada tenha sido dito sobre como efetivamente as entidades e autoridades presentes na reunião, como as polícias Civil e Militar; Secretaria de Habitação e a própria Prefeitura, nas pessoas da delegada titular da 18ª DT, doutora Thaís Siqueira, do comandante do 12º Batalhão de Camaçari, tenente-coronel Henrique Melo, do secretário de Habitação Júnior Borges e do prefeito Elinaldo, respectivamente, irão interferir na questão, e da ausência de um agente da Caixa Econômica Federal, quem muito agregaria com informações de como agir ao se identificar qualquer irregularidade, citando das sanções que podem sofrer tanto quem vende quanto quem compra, o que já coibiria aos que tiverem mau intencionado, não se pode negar que a iniciativa é um recado bem dado para oportunistas que agiam não somente nas barbas mas também com a conivência dos governos que o antecederam sem que nada fosse feito.
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Reunião debateu irregularidade na venda das unidades (Foto: Tiago Pacheco)
Prefeito Elinaldo Araújo (DEM) (Foto: Kelvi Lima)
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