Foi às margens do Rio Joanes que, nove anos após a fundação da Cidade do Salvador, em 1558, padres jesuítas vieram em missão para as terras que deram origem à Camaçari
De Camassary a Camaçari! A árvore que deu origem ao nome desta que é a principal cidade da Região Metropolitana de Salvador, possui, em seu contexto, predicados semelhantes aos que o município ostenta. A árvore Camassary, no passado era usada como medicamento natural, na cura de feridas, utilizada também na construção civil. Tamanha utilidade lhe garantiu o título de "pau para toda obra". Assim como a cidade, que hoje é um verdadeiro vetor econômico para o estado, abriga o maior pólo industrial da América latina e recebe imigrantes de várias partes do país, antes atraídos pelas oportunidades de emprego, hoje não tão disponíveis assim.
Foi às margens do Rio Joanes que, nove anos após a fundação da Cidade do Salvador, em 1558, padres jesuítas vieram em missão para as terras que deram origem à Camaçari. Na ocasião, os missionários fundaram a Aldeia do Divino Espírito Santo – atualmente chamada de Vila de Abrantes.
Mas, a Aldeia do Divino Espírito Santo só foi elevada à categoria de Vila, 200 anos após a fundação da mesma, pelo então governador da Bahia, Tomé de Souza, recebendo a alcunha de Vila do Espírito Santo de Nova Abrantes, até então a sede do município. O vilarejo possuía apenas pouco mais de 500 casas. Mas, foi em 1920 que o distrito de Camaçari foi criado, tornando-se sede e desmembrando-se de Abrantes. O responsável pelo feito foi o então governador Francisco Marques de Góes Calmom.
Voltando um pouco à história, é válido lembrar que as terras onde os jesuítas construíram a Aldeia do Divino eram propriedades do desembargador Tomaz Garcez Paranhos Montenegro. Sendo assim, em 1925 a Vila mudou novamente de nome e passou a ser chamada de Montenegro. Só em 1938 que o município recebe a alcunha a qual é chamado até os dias atuais: Camaçari. Assim, sua composição geográfica ficou da seguinte forma: Camaçari (sede), Abrantes, Monte Gordo e Dias D'Ávila (distritos). Este último foi emancipado em 1885, tornando-se outro município.
Camaçari fica entre a capital baiana e os municípios de Mata de São João, Lauro de Freitas, Simões Filho e Dias D'Ávila. Possui 759,8 km² de área territorial, destes, 42 km são de orla marítima, conhecida mundialmente pelas belezas naturais, belas e paradisíacas praias e uma preponderância significante para o turismo. As praias de Busca Vida, Jauá, Interlagos, Arembepe, Barra do Jacuípe, Genipabu, Guarajuba e Itacimirim formam seu belíssimo litoral.
Quatro rios cortam a cidade, são eles o Rio Camaçari, o Joanes, Jacuípe e o Rio Pojuca. Houve um projeto da Prefeitura Municipal de revitalização do Rio Camaçari, que não avançou em sua plenitude, e hoje se encontra ainda poluído. O município possui também uma famosa Aldeia Hippie, dentro de uma Área de Proteção Ambiental (APA), a qual abriga o Rio Capivara Grande, localizada no distrito de Arembepe.
Foi na década de 70 que Camaçari passou a viver um capítulo especial na história da industrialização da Bahia e do Brasil. Ou melhor, um boom no seu processo de tornar-se cidade pólo da industrialização no estado. Foi nesta época que foi construído o Pólo Petroquímico. Implantado em 1972, começando a operar em 1978; o Pólo surgiu para suprir apenas a demanda nacional. Mas, em menos de uma década, vários países passaram a importar seus produtos. Hoje, o município continua ostentando um dos maiores índices do Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia.
Apesar das maravilhas e da vocação para o fomento financeiro e industrial, e até em função disto, os últimos anos foram marcados por um verdadeiro cerceamento ao município: Camaçari se encontra "sitiada" por pedágios em seus limites e, em termos proporcionais, tem lamentavelmente retrocedido em desenvolvimento.
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Camaçari possui 42 km de orla marítima, conhecida mundialmente pelas belezas naturais, belas e paradisíacas praias e uma preponderância significante para o turismo
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