Buracos no poste foram tapados porque Marilene os usava como escada para espiar casa do ex (Foto: Euzeni Daltro l Ag. A TARDE)
Um homem morreu na última sexta-feira (16), após ser empurrado pela ex-mulher, na Rua do Cajueiro, no Camaçari de Dentro. O motorista Antônio da Conceição Silva, de 43 anos, e a segurança Marilene dos Santos, 38, tiveram um relacionamento de 10 anos e estavam separados há dois anos. Mas, ela não aceitava o fim da relação e segundo a polícia, após perseguições e ameaças, Marilene tentou invadir a casa de Antônio, na manhã de sexta-feira, para ver se ele estava com alguma mulher e acabou provocando a morte do ex-companheiro.
De acordo com a apuração da polícia, na noite de quinta-feira (15), ela ligou para o celular de Antônio e disse que iria à casa dele conversar na manhã de sexta. Ele disse a ela para não ir. Marilene não teria aceitado e chegou à casa de Antônio por volta das 5h15 da manhã. Em meio a recusa do ex-companheiro em deixa-la entrar, houve bate-boca e ela jogou óleo diesel na porta do imóvel. Revoltado, Antônio disse que iria à 18ª DT (Camaçari) prestar uma queixa contra ela e chegou a pegar a moto para sair.
Segundo o irmão da vítima, Francisco da Conceição Silva, 54, o irmão chegou a tirar a moto do varanda e colocar na rua para poder ir à delegacia, mas ela puxou e derrubou a moto no chão. A discussão seguiu e ela tentou mais uma vez entrar na casa, empurrando o portão. Ao tentar impedir a ex de entrar na casa, Antônio foi empurrado por ela e não resistiu à queda. Marilene ainda tentou reanimá-lo durante 20 minutos, sem êxito.
A segurança foi presa em flagrante e indiciada por homicídio doloso (com intenção de matar) pelo delegado Geovani Paranhos, que estava no plantão da 4ª Delegacia de Homicídios. "O fato é que ele morreu da queda por ela ter empurrado. Ela fez sob o risco de cometer o crime. Quando ela o empurrou, assumiu o risco de produzir o resultado", afirmou o delegado, em entrevista ao jornal A Tarde.
Em depoimento, Marilene confessou ter empurrado Antônio, mas ressaltou que não teve a intenção de matá-lo. Além disso, ela negou que tenha ido à casa do ex-marido para ver se ele estava com outra mulher, bem como que o tenha ameaçado. A mulher alega que foi cobrar a pensão alimentícia da filha que estava atrasada. No entanto, as apurações apontam que ela foi ao imóvel porque estava desconfiada que ele pudesse estar com outra mulher, que seria uma vizinha dela.
A família de Antônio afirma que Marilene não aceitava o fim da relação e ameaçava ele de morte. Já os vizinhos, contaram que Marilene foi vista rondando a Rua do Cajueiro nos três dias que antecederam o dia do crime. Antônio deixa duas filhas - a filha de 15 anos de Marilene – registrada por ele e também uma filha de 8 anos de outra relação.
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