O Sindicato dos Professores e Professoras da Rede Pública de Camaçari (Sispec), aderiu à Greve geral que será realizada nesta sexta-feira (11). A decisão, aprovada em assembleia da categoria, atende a convocação das centrais sindicais que estão mobilizando a paralisação por todo país. De acordo com o Sispec, a categoria vai cruzar os braços “em protesto contra os ataques do governo aos direitos trabalhistas e garantias constitucionais e a reforma da Previdência”.
Além da adesão do Sispec, em Camaçari sindicalistas de diversas áreas estão convocando os trabalhadores via redes sociais para aderir ao movimento. O protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição nº 055 (PEC 055), que tramita no Senado, conta ainda com distribuição de carta de repúdio às medidas do atual governo, com panfletagem nas escolas, segundo o sindicato “visando esclarecer toda a comunidade escolar”.
Também está sendo discutida pelo Sispec, a atual conjuntura política, a PEC 241 e a proposta do governo para reforma do ensino médio.
Para a Greve Geral, a Direção Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), vai levar para as ruas a discussão dos seguintes eixos temático (texto na íntegra divulgado pela CUT):
Contra a PEC 241 que congelará por 20 anos os investimentos em serviços públicos essenciais à população, especialmente nas áreas da Saúde (Sistema Único de Saúde) e Educação (pública e gratuita), até o não reajuste do Salário Mínimo, que atinge especialmente os aposentados.
SAÚDE: A medida atingirá em cheio o atendimento do SUS. Programas como o Saúde da Família, remédio grátis - especialmente os de alto custo -, o SAMU, medidas de prevenção e combate à dengue, zika e chikungunya, tratamento e prevenção do HIV e DSTs, gripe H1N1, campanhas de vacinação e outros serviços serão gravemente afetados por falta de investimento do atual governo. Isso afeta também os hospitais públicos, além dos convênios com as Santas Casas e hospitais filantrópicos.
EDUCAÇÃO: Vai faltar dinheiro para construção, manutenção e reforma de escolas e creches; os salários dos professores ficarão congelados e não haverá novas contratações. Material e uniforme gratuito, merenda, transporte escolar serão cortados ou reduzidos. Programas como Fies e o Pronatec estão suspensos e não terão novos contratos. O governo ilegítimo acabou com o Ciência sem Fronteiras, bolsas para estudantes e pesquisadores, e cortou quase pela metade as verbas para universidades. Além disso, foram cancelados programas de alfabetização de jovens e adultos.
Contra a Reforma da Previdência, cuja principal promessa do governo sem voto é punir quem mais contribuiu com o benefício, garantindo aposentadoria somente a partir dos 65 anos para trabalhadoras e trabalhadores. É importante destacar que a Constituição prevê que a Previdência é parte de um sistema amplo, a Seguridade Social – que além das aposentadorias inclui outro importante programa que também está ameaçado: o Sistema Único de Saúde (SUS).
Em defesa do emprego: contra a reforma trabalhista que retira direitos garantidos e conquistados pela classe trabalhadora desde a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), implementadas há 73 anos. Um dos pontos de maior pressão da atual agenda governamental é a terceirização, que irá beneficiar diretamente os patrões, precarizando as relações de trabalho.
Em defesa do Pré-Sal: patrimônio do povo brasileiro, a maior riqueza natural do País deverá ser entregue a multinacionais estrangeiras que estão de olho nas produções brasileiras recém descobertas. O Brasil hoje é o detentor da terceira maior reserva de óleo leve e gás natural do planeta, o que faz com que o País seja uma potência energética e uma promessa na exportação de petróleo. Durante o governo Lula foi aprovada Lei no Congresso Nacional e sancionada em 2013 no governo Dilma Rousseff, garante a destinação dos recursos do Pré-Sal para a Saúde (25%) e Educação (75%).
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