Quem achou que estava ruim a gestão, ainda piora, visto que aproximadamente R$ 76 milhões é o montante que o governo municipal diz precisar economizar para fechar as contas até o final do ano. Alcançar a meta demanda uma economia de pelo menos R$ 25 milhões por mês até dezembro. Para isso, cortes de contratos, demissões de servidores de cargos comissionados e fim de regalias estão previstos. A queda da receita, conforme o secretário da Fazenda, Camilo Pinto, frente as demandas do município, aliada ao fim do governo tornam mais urgentes as medidas. As informações confirmadas oficiosamente por secretários dão conta de que pelo menos mil comissionados serão cortados.
Caso as previsões se concretizem, além de enxugar a máquina, os cortes servirão ainda como punição para os infiéis e vão beneficiar diretamente os candidatos eleitos Elinaldo Araújo (DEM) e José Tude (PMDB), que não encontrarão rombos financeiros tão evidentes. Até lá, a busca pelo cumprimento da meta fiscal podem afetar inclusive serviços públicos de primeira necessidade, como segurança e limpeza pública.
Motivo de apreensão e expectativa, a lista de cortes vai afetar todas as secretarias e órgãos ligados a Prefeitura. O contingenciamento afeta também os contratos, a exemplo das empresas MJR (segurança), COMAP (aluguel de veículos), Ambiental (limpeza) e ACMAV. De agora em diante, serão mantidos apenas o contingente e serviços de primeira necessidade como educação e saúde.
O corte brusco e o contingenciamento, pelo que o governo tenta passar, confirmam as justificativas do administração municipal sobre o aumento negociado pelos servidores municipais em greve há mais de quatro meses. Diante desse cenário, parece impossível um acordo ainda nesta gestão. A previsão é de tanque na reserva ou motor em ponto morto, até 31 de dezembro.
Veja também:
Transição municipal terá consultoria especializada e 'gestão compartilhada'
Clique aqui e siga-nos no Facebook
< Anterior | Próximo > |
---|