Mesmo com redução de cursos, Prefeitura deve repassar R$ 14,4 milhões para CDS em 2016
Os memes são artifícios muitos utilizados na internet. Acontecem quando há a "viralização" de uma informação, que pode ser vídeo, imagem, frase, ideia, música entre outras expressões, que alcance muita popularidade. Em 2015, um dos memes de sucesso foi o “não sou obrigada”, expressão que perdura até hoje. E esse foi exatamente o artifício utilizado pela diretora da Cidade do Saber, Ana Lucia Silveira, para recusar o convite da Câmara de Vereadores de prestar esclarecimentos sobre a instituição. Convidada para participar da sessão de quinta-feira (09), a diretora alegou que ‘não é obrigada’ e não compareceu.
A difícil missão ficou com o secretário municipal da Fazenda, Camilo Pinto, e a secretária de Administração, Lezineide Andrade, que explicaram, mas não convenceram. Com contas que não batem, demissão em massa e redução dos cursos, a Cidade do Saber é hoje uma sombra do que já foi em seus dias de glória. Mas, o convênio com a Prefeitura Municipal e os repasses para manutenção da instituição continuam. Os vereadores querem saber como esses recursos têm sido aplicados e qual a responsabilidade do Instituto professor Raimundo Pinheiro –ONG que administra a instituição e da Prefeitura sobre a situação.
De acordo com Camilo Pinto, a Sefaz apenas repassa os valores destinados à gestão da Cidade do Saber às secretarias que assinam o contrato de parceria com o instituto. Ele apresentou os valores repassados entre os anos de 2012 e 2015 e a previsão de repasse total para o ano de 2016. Afetado pelos cortes realizados pela Prefeitura Municipal em 2015, houve diminuição no valor repassado no ano passado, mas para 2016, a previsão é de que o valor repassado seja de R$ 14,4 milhões.
A secretária de Administração, Lezineide Andrade, também alega que sua pasta não tem envolvimento sobre a gestão da CDS. Ela explica que a Secad é responsável apenas por repasse de verbas para os gastos com manutenção de bens móveis e imóveis e para o pagamento de contratos de consumo, como água, energia e telefone.
Segundo os secretários, a Controladoria Geral do Município é o órgão que detém a prestação de contas de todas as ações geridas pela Cidade do Saber. Agora os vereadores querem ouvir os gestores responsáveis pela Secretaria de Educação, Secretaria de Esporte e Lazer, Secretaria de Cultura e a Controladoria Geral do Município, para prestarem esclarecimentos sobre as questões administrativas relacionadas à Cidade do Saber e ao Instituto Raimundo Pinheiro.
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