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Hospital Geral de CamaçariHospital Geral de Camaçari

Citado frequentemente por problemas estruturais e de pessoal, o Hospital Geral de Camaçari (HGC), protagoniza uma nova e preocupante polêmica. Uma mulher de 33 anos, denuncia o hospital pelos maus tratos provenientes de um falso diagnostico de HIV. Há dois meses, a mãe teria dado entrada na unidade de saúde com o cordão umbilical rompido e dado a luz no corredor do hospital.

Preocupada com a saúde do bebê e com a possibilidade da criança ter microcefalia após a mãe ter contraído zica durante a gestação, a família teria sido surpreendida com o diagnóstico de HIV após um teste rápido no hospital. No corredor, diante de outras pacientes, a mãe viu suas roupas e placenta serem descartados às pressas, com medo de contaminação, antes que pudesse assimilar a história.

A mulher conta que a profissional de saúde repetiu a informação várias vezes, diante de grupos de pessoas que passavam. Com o anúncio, um aglomerado de pessoas espantadas com a notícia se formou em volta de sua maca nas horas após o parto.  Em entrevista ao jornal O Globo, fonte da noticia, a mulher relata que ainda não conseguiu se recuperar da vergonha que sentiu e das horas de pânico vividas após a falsa notícia.

“Eu senti vontade de correr. Não sei para onde, não sei explicar, mas fiquei desesperada. Fiquei com muito medo de que a doença não me permitisse criar as minhas filhas (a mais velha tem 6 anos) e, para completar, senti muita vergonha. A notícia se espalhou pelo hospital, porque a enfermeira contava a todos os curiosos que perguntavam sobre meu choro no corredor. A cara de nojo que as pessoas e até os maqueiros faziam era a pior parte. Quando me tiraram do corredor para o quarto, ninguém queria me tocar. Minha mãe se ofereceu para me levar", conta a mulher em entrevista ao jornal.

A mãe foi impedida de amamentar a criança no dia de seu nascimento, já que o vírus pode ser transmitido pelo leite. Ela conta que a agonia só teve fim no dia seguinte. Mesmo tendo repetido o teste no mesmo dia em que deu entrada no hospital, a notícia de que o diagnóstico era falso veio às 10h de 17 de março, quando uma médica informou o resultado “negativo” de dois outros testes feitos com uma nova amostra de sangue

Com o novo resultado, o assédio continuou. Profissionais, visitantes e pacientes que souberam da história tentavam contato.  “No tempo em que fiquei no hospital vi que todo mundo sabia da história e vinha falar comigo. As enfermeiras me pediam desculpas, e uma até chorou de vergonha. Nada disso adiantou. Ainda choro todos os dias, lembro da vergonha e fico triste por não poder amamentar minha filha. Acredito até que o leite tenha secado por nervosismo. Sei que preciso de ajuda. Estou abalada”, desabafa a mãe.

Ela lembra ainda do trauma de ter que compartilhar o banheiro com outras mulheres durante parto: “as pessoas ficavam desesperadas achando que iam pegar Aids. Foi tão difícil que não conseguia pegar a minha filha no colo, tinha medo”, revelou.

Na entrevista, a mulher faz outra séria denúncia: a filha recém-nascida chegou a ser medicada com um coquetel contra a Aids. A família busca agora fazer um alerta ao sistema de saúde e tenta evitar que o preconceito afete a vida da filha mais velha na escola.

NOTA

O Camaçari Fatos e Fotos (CFF), tentou contato com a unidade hospitalar pelo telefone 3621-2277, por diversas vezes mas o telefone não foi atendido.

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