Durante ataque, Edcarlos abraçou filha no intuito de protegê-la. Ele morreu dentro do carro (Foto: Reprodução)
O montador de andaimes Edcarlos dos Santos Carvalho, 23 anos, morto a tiros dentro de um carro na noite desta terça-feira (2), em Camaçari, já tinha sido ameaçado de morte pelo cunhado. Segundo vizinhos da vítima, na semana passada, ele teria dado um tapa no rosto da esposa e, ao saber da briga, o irmão da mulher o ameaçou de morte.
Edcarlos foi executado enquanto visitava a filha, fruto de um outro relacionamento, no Condomínio Sabiá, que fica no bairro Jardim Limoeiro. O crime aconteceu por volta das 19h.
Segundo testemunhas, o rapaz estava jogando bola em um campo na Lama Preta, mesmo bairro onde mora com a atual mulher. Ao sair do baba, ele foi de carro até o condomínio da ex-mulher levar frutas para a filha.
Ainda de acordo com testemunhas, ele percebeu que estava sendo seguido por uma dupla em uma moto e resolveu dar um tempo dentro do condomínio. Lá, ele deu voltas com a filha de três anos dentro do carro. Os suspeitos entraram no condomínio e fizeram seis disparos contra Edcarlos, que abraçou a filha no intuito de protegê-la.
No ataque, o carro perdeu o controle e bateu em uma casa do condomínio. Edcarlos foi atingido por três tiros nas costas e morreu dentro do carro. A criança foi baleada na perna, de raspão. Ela foi socorrida para Hospital Geral de Camaçari (HGC), e o quadro de saúde é estável.
Logo após o crime, os suspeitos fugiram do local. Segundo pessoas que presenciaram o ataque, o atiradores aparentavam ser adolescentes. "Quem atirou não sabia o que estava fazendo, pois descarregou na direção da criança e quase bateu a moto na fuga", disse um morador, que não quis se identificar. "Estavam em uma moto igual à do cunhado dele", comentou outra pessoa.
Moradores comentaram ainda que Edcarlos não era usuário de drogas e nem envolvido com crimes. "Ele era um trabalhador. Comprou o carro trabalhando como montador de andaimes em Minas Gerais", confirmou uma moradora.
O caso está sendo investigado pela delegada Maria Tereza, titular da 1ª Delegacia de Homicídios da Região Metropolitana de Salvador.
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