Bahia

Foto: Divulgação - Concessionária Ponte Salvador-Itaparica

Foi iniciada nesta sexta-feira (22) a perfuração na beira do mar com o uso de plataforma para a construção da Ponte Salvador-Itaparica, no município de Vera Cruz. Essa é mais uma etapa de sondagem do projeto, conforme informou a concessionária responsável pelo sistema.

De acordo com a empresa, nesta etapa serão retirados fragmentos do solo no local onde serão instalados pilares da ponte. Em seguida, os materiais serão analisados por laboratórios especializados, responsáveis por oferecer relatórios detalhados com informações sobre o solo da área.

As sondagens em terra já foram realizadas nos meses de janeiro e fevereiro, nas cidades de Vera Cruz e Salvador.

Os passos seguintes preveem a sondagem em alto mar – águas rasas e profundas – com balsas de grandes dimensões e uso de equipamentos e materiais da China com o objetivo de otimizar o trabalho das equipes que atuam no fluxo das sondagens.

Na lista, estão três perfuratrizes especiais com sistema de compensação de ondas, tecnologia chinesa para executar o serviço no mar durante o inverno, período em que podem ocorrer condições climatológicas adversas, garantindo a estabilização das balsas onde estarão as plataformas de trabalho.

A ponte

Em maio de 2021, responsáveis pela construção da ponte chegaram a se reunir com governo da Bahia para discutir início da construção, mas desde então não houve obra física. Em fevereiro, o governo da Bahia publicou um decreto, no Diário Oficial do Estado, que delimita como áreas de utilidade pública um trecho que será utilizado para construção de uma estrutura ligada à obra da ponte.

Foram apontadas 14 áreas que serão desapropriadas em um área total de 63.524,26 m², que fica em Salvador.

De acordo com a assessoria da CCCC SOUTH AMERICA, a ponte Salvador-Itaparica poderá ser considerada a maior sobre lâmina d’água da América Latina, já que a Ponte Rio-Niterói, tem 13,2 km, mas contabiliza a parte por terra.

O leilão para a construção e administração da ponte ocorreu em dezembro de 2019. Na ocasião, um consórcio com três empresas chinesas venceu a disputa. Ele é formado pelas empresas China Railway 20 Bureau Group Corporation – CR20; CCCC South America Regional Company S.Á.R.L – CCCC SOUTH AMERICA e China Communications Construction Company Limited – CCCCLTD.

O contrato entre o consórcio e o governo do estado para a construção da ponte foi assinado em novembro de 2020. De acordo com o governo, a concessão do projeto executado por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) será de 35 anos.

O governo informou que a estimativa é que sejam gerados sete mil empregos durante a construção do equipamento e cerca de 100 mil postos de trabalho em 30 anos.

O equipamento está incluso no Sistema Viário do Oeste, que também contempla a implantação dos acessos ao equipamento em Salvador, por túneis e viadutos, e em Vera Cruz, com a ligação à BA-001, junto com uma nova rodovia expressa, e a interligação com a Ponte do Funil, que também será revitalizada.

Plano de desenvolvimento econômico e social

O governo da Bahia promete que o Sistema Rodoviário Ponte Salvador-Itaparica será um novo vetor de distribuição de renda, capaz de impulsionar a economia de todo o estado, com a geração de sete mil empregos.

Dez milhões de baianos devem ser contemplados em cerca de 250 municípios.

A expectativa é de que esse investimento fomente o desenvolvimento econômico a partir da atração de novos empreendimentos em áreas como logística, indústria, comércio, serviços e mercado imobiliário.

O novo sistema também deve impulsionar o turismo de modo sustentável, já que a distância entre Salvador e zonas turísticas, como as regiões sul e baixo sul, será reduzida em mais de 100 km.

Esse investimento de aproximadamente R$ 9 bilhões é fruto de uma Parceria Público-Privada (PPP) entre o Governo da Bahia e um consórcio chinês formado por dois grandes grupos do segmento de construção e infraestrutura. São eles: China Railway 20th Bureau Group Corporation (CR20) e China Communications Construction Company (CCCC). O contrato assinado em novembro de 2020 estabelece uma concessão de 35 anos para construção, operação e manutenção do equipamento.

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