Mais de 1,7 mil crianças e adolescentes ficaram sem aula nesta sexta-feira (22). Os ônibus tiveram que mudar o itinerário. Foto: Divulgação
Ainda amanhecia quando policiais federais, civis e militares chegaram ao bairro de Águas Claras, na periferia de Salvador. A missão era cumprir 43 mandados de prisão contra suspeitos de integrar uma facção criminosa responsável por mais de 30 homicídios. Segundo a polícia, houve troca de tiros e seis suspeitos morreram. Outros 15 foram presos. A ação também aconteceu em Feira de Santana, a 116 km de Salvador.
A operação desta sexta-feira (22) mudou a rotina dos moradores de Águas Claras. Cinco escolas suspenderam as atividades. Um colégio recebeu alunos que chegavam assustados com o tiroteio, mas depois mandou os estudantes para casa. Mais de 1,7 mil crianças e adolescentes ficaram sem aula nesta sexta-feira (22). Os ônibus tiveram que mudar o itinerário.
Águas Claras fica perto do bairro de Valéria, onde o policial federal Lucas Caribé foi assassinado por bandidos durante uma operação na semana passada.
“A gente está com diversas operações e investigações em andamento. Nós, ontem, chegamos a parte do grupo que atacou as Forças de Segurança na última sexta-feira”, afirma Marcelo Werner, secretário de Segurança Pública da Bahia.
Na quinta-feira (21), outros cinco suspeitos morreram em confronto com a polícia em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador. Em uma área de mata no bairro de Valéria, as Forças de Segurança desmontaram um acampamento usado por traficantes. Em uma semana, são 21 mortos e 20 presos em operações de combate a grupos criminosos e tráfico de drogas na Bahia.
A Polícia Federal ganhou um reforço importante nesta sexta-feira (22) para aumentar o poder de enfrentamento às facções criminosas na Bahia. Um navio da Marinha, que saiu na segunda-feira (18) do Rio de Janeiro, chegou a Salvador trazendo três veículos blindados da PF. Os carros também vão poder ser usados pelas polícias Civil e Militar da Bahia.
"Esses veículos nos propiciam uma atuação mais efetiva, mais célere, com mais segurança a nossos policiais e de certa forma segurança também a comunidade em que a gente está atuando, já que a gente alcança o objetivo de forma mais rápida evitando confronto nesse percurso", afirma Flávio Albergaria, superintendente da Polícia Federal da Bahia.
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