Laudo informou que cantora morreu de choque anafilático há 40 anos
Um dos nomes mais lembrados até os dias atuais, Clara Nunes, morreu há 40 anos após realizar uma cirurgia para retirada de varizes. O médico responsável pelo procedimento, o cirurgião Antônio Vieira de Melo.
Em conversa ao Fantástico, exibido no domingo (2), na Globo, o profissional comentou que, ao chegar no hospital, Clara estava discutindo com um anestesista porque ela queria anestesia geral, e não um tubo em sua garganta.
Durante a operação, Antônio Vieira comentou que tinha notado algo estranho na artista.
"O sangue dela estava um pouco escuro. Naquela época nós não tínhamos a monitorização que nós temos hoje. Ela estava com taquicardia, frequência muita rápida, igual a uma parada cardíaca... Cheguei a fazer injeção intracardíaca de adrenalina. Ela voltou. [...] Ela teve uma reação absolutamente desproporcional. Nunca mais vi na vida", contou.
A reportagem teve acesso ao documento do procedimento da cantora, a sindicância do Conselho Regional de Medicina, e todos os participantes do procedimento afirmaram que não houve erro médico. Devido à falta de culpados, a sindicância arquivou o caso.
Naquela época, a família não denunciou o caso e o corpo de Clara não passou por uma autópsia para mais investigações. A famosa teve um choque anafilático e o corpo acabou reagindo à anestesia, formando um grande edema no cérebro. Ela ficou em coma por 28 dias até morrer.
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