Em um dos áudios ele teria orientado patrões a colocar “o celular no sutiã” para filmar o voto
Mais um caso de assédio eleitoral no oeste da Bahia é investigado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), que instaurou inquérito nesta segunda-feira, 17, e deu dois dias para manifestação da defesa do ruralista Adelar Eloi Lutz.
Segundo o órgão, ele teve áudios onde confessa uma série de atos ilegais envolvendo a coerção de trabalhadores a votar em Bolsonaro e foi recomendado que se abstenha de manter ou reiterar as práticas ilegais.
Em um dos áudios, Adelar teria convocado empregadores a “pôr para fora” quem não fosse eleitor de Bolsonaro. Ele também teria orientado patrões a colocar “o celular no sutiã” para filmar o voto na urna eletrônica e comprovar, posteriormente, que votaram conforme sua imposição.
Este é o segundo caso de ruralista do oeste da Bahia cometendo assédio eleitoral. Em setembro, o MPT passou a investigar a empresária Roseli Vitória Martelli D'Agostini Lins por ter vídeos publicados pedindo que colegas fizessem levantamento entre funcionários e demitissem eleitores de Lula.
Segundo o Ministério, há ainda outros seis casos sob análise. Somente na Bahia foram nove denúncias de assédio eleitoral. Em todo o país foram registrados 419, número quase 100% maior que os 212 registrados na eleição presidencial anterior.
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