Corte de verbas causou revolta entre estudantes e professores da Ufba (Foto: Rafaela Araújo/Ag. A TARDE)
Anúncio foi feito nesta sexta-feira, 7, pelo ministro da Educação, Victor Godoy
Após protestos em todo o país, e em meio a corrida eleitoral do segundo turno, o governo decidiu recuar da decisão de bloquear os cerca de R$ 2,4 bilhões do Ministério da Educação, que afetaria o orçamento de universidades e institutos federais. O anúncio foi feito nesta sexta-feira, 7, pelo ministro Victor Godoy, nas redes sociais.
Sem citar exatamente o valor desbloqueado, Godoy garantiu que o limite de empenho será liberado para universidades federais, institutos federais e para a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). "Temos uma gama muito grande de instituições, conversei com o ministro Guedes e ele foi sensível e nós vamos facilitar a vida de todo mundo”, afirmou ele, por vídeo.
“Eu já tinha dito que não haveria impacto para as universidades e os institutos, que trataríamos caso a caso, e agora estamos fazendo uma liberação para todo mundo para facilitar e agilizar a vida de todo mundo", completou.
Na publicação, Godoy disse ainda que o ministério da Economia segue analisando a liberação de verbas para as instituições de ensino, "mantendo a responsabilidade fiscal mas também mostrando a sensibilidade de facilitar a vida do gestor e do reitor”.
Confira o pronunciamento do ministro: Vídeo
Revolta
A dois dias do primeiro turno das eleições, o governo federal bloqueou R$ 475 milhões do orçamento destinado às universidades e institutos federais deste ano.
A decisão aconteceu na última sexta-feira, 30, mas só foi divulgada em decreto publicado nesta quarta-feira, 5.
Dessa nova retenção, R$ 147 milhões são dos colégios federais e de R$ 328 milhões das universidades. Do Ministério da Educação, o corte chegou a R$ 2,4 bilhões.
O corte causou revolta. Na quinta-feira, 6, estudantes e professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) protestaram no campus da instituição no Canela. Com faixas e cartazes, o grupo falou a favor da educação. Um outro ato foi marcado para o dia 18 de outubro.
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