A maior parte dos casos está em Salvador, que terá protocolo de ação a partir de amanhã
A Bahia confirmou mais três novos casos de varíola dos macacos no sábado (6), segundo informou a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). Os registros novos são de moradores de Conceição do Jacuípe, Mutuípe e Salvador.
Agora, de acordo com balanço da Sesab, a Bahia tem 19 casos da doença - 13 em Salvador, dois em Santo Antônio de Jesus, um em Cairu, um em Conceição do Jacuípe, um em Ilhéus e um em Mutuípe. Há ainda notificação de 98 casos suspeitos sendo investigados no estado.
Na capital baiana, a prefeitura divulgou um plano de ação que vai funcionar a partir da segunda (8), com 28 unidades básicas de referência para atendimento e coleta laboratorial. A rede de atenção vai contar com 16 undiades de urgência e emergência. Ou seja, ao todo, 44 unidades de saúde vão atender os casos em Salvador.
A varíola dos macacos, também chamada de monkeypox, teve primeiro caso confirmado na Bahia em 13 de julho.
A doença causa febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão.
Protocolo em Salvador
Quem apresentar os sintomas deve procurar uma das unidades de saúde. Nos casos suspeitos, o paciente deve ser isolado, inclusive do contato com a família, até que o resultado do exame fique pronto. Talheres, roupas de cama e outros objetos não devem ser compartilhados. A recomendação é procurar ajuda médica assim que notar o aparecimento das bolhas. Elas não devem ser estouradas e podem ser higienizadas com água e sabão (confira mais abaixo).
A infectologista da SMS Adielma Nizarala contou que a doença tem um período de incubação, ou seja, em que mesmo infectado o paciente não consegue transmitir o vírus, que é o período assintomático. Depois que os sintomas surgem, a contaminação já é possível e permanecerá ativa até que a pele seja cicatrizada.
“A doença tem duas fases. Na fase inicial o paciente vai sentir dor de cabeça, dor muscular, dor de garganta, febre, sintomas bem comuns às viroses, e dura em torno de cinco dias. A partir disso, as lesões começam a aparecer, únicas ou múltiplas, e em locais variados. Podem se apresentar inicialmente como um ponto de vermelhidão que depois evolui para uma placa e solta as bolhas”, explicou.
Como a transmissão acontece através do contato com as feridas e também através das gotículas das vias áreas, é importante usar máscara. Nos casos leves, será usada medicação para tratar os sintomas, e nos casos graves, medicação específica. “A Organização Mundial da Saúde ainda não definiu uma necessidade de vacinação em massa, mas já temos alguns países utilizando em grupos específicos”, afirmou.
Procurado, o Ministério da Saúde informou, em nota, que está em busca de imunizantes, mas não informou quando eles serão enviados aos estados.
“O controle da monkeypox é prioridade para o Ministério da Saúde, que realiza o constante monitoramento da situação epidemiológica para orientar ações de vigilância e resposta à doença no Brasil. A pasta segue em tratativas com a OPAS/OMS para aquisição da vacina contra a doença. Desta forma, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) poderá definir a melhor estratégia de imunização para o Brasil”, diz a nota.
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