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Bahia

Governo do Estado, através do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) iniciou três turmas de qualificação profissional, para reclusos em regime fechado (Foto: Reprodução)Governo do Estado, através do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) iniciou três turmas de qualificação profissional, para reclusos em regime fechado (Foto: Reprodução)

Detentos de três unidades prisionais da Região Metropolitana de Salvador (RMS) iniciaram nesta segunda-feira (27) o que pode se tornar uma nova etapa de suas vidas: o Governo do Estado, através do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) iniciou três turmas de qualificação profissional, para reclusos em regime fechado.

 

Foram ofertadas 34 vagas, para o curso de Eletricista Predial de Baixa Tensão, divididas em duas turmas com 17 alunos cada, uma na Colônia Penal Lemos de Brito e outra na Lafayete Coutinho, ambas em Salvador. A terceira turma é para o curso de Pizzaiolo, com
20 vagas direcionadas aos internos da Colônia Penal de Simões Filho. Os cursos têm duração de 160 horas.

Ressocialização

Para o secretário da Educação, Jerônimo Rodrigues, investir na educação dos apenados trará benefícios para toda população. “Temos uma agenda estratégica que envolve modernização e melhorias das unidades, com cursos que propõem outras possibilidades para as pessoas que estão aqui, oferecendo uma melhor qualidade de vida e maiores possibilidades de ressocialização. Esses cursos e a inserção da Educação na vida deles fomentam novos sonhos e estímulos positivos. Toda a sociedade tende a ganhar”, afirmou.

Atuando na unidade Lemos de Brito há 15 anos, a policial penal Aline Santos endossa a percepção do secretário. Segundo ela, as melhorias são percebidas ainda durante a permanência no sistema. “Eles se interessam bastante por propostas assim. São momentos positivos, porque propiciam uma nova rotina para eles. Além da remissão da pena, que a lei garante a cada 12 horas de estudo um dia a menos da sentença, eles possuem a oportunidade de conversar com outras pessoas, ficam mais leves, sorridentes e sentem que estão mais próximos da liberdade. A ação é motivadora, melhora a convivência e oferece mais chances de ressocialização. Eles sabem disso e agarram a oportunidade com muita dedicação”, revela.

Motivação

Privado de liberdade há dois anos, o detento JR, de 47 anos, é conhecido na unidade prisional como “professor”. Desde que chegou, o bacharel em Direito vem se dedicando a dar aulas de Inglês, Literatura e Gramática. Para ele, a inserção de cursos profissionalizantes melhora a autoestima dos estudantes. “O que está preso é meu corpo físico, mas minha mente é livre para o conhecimento. Como fiz Direito, tento converter um cenário que seria ruim para o lado positivo e aproveito para ajudar meus companheiros e analisar as leis com outra ótica. Cursos como estes ajudam a todos a ocupar a mente e a movimentar o nosso conhecimento”.

IPS, de 42 anos, é paulista e está na unidade prisional há cinco anos. Para ele, os cursos, além de ajudar no lado psicológico e promover uma redução na pena, abrem novos caminhos. “Estudar sempre vem com uma nova motivação. Faço a EJA e vou fazer o curso de Elétrica. Com toda a certeza, ao sair daqui, vou usar esse conhecimento”.

Para EN, de 66 anos, o curso chega para atualizar a sua prática na área. “Sou eletricista, estou aqui há dois anos. Apesar de já estar com uma idade avançada, sinto que o estudo vai aprimorar o que já sei e atualizar algumas normas de instalação que sempre mudam. Quando sair daqui, estarei mais qualificado”.

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