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Bahia

Flores brancas, amarelas e fé devem cobrir o andor com Nossa Senhora da Conceição que vai percorrer as ruas do Comércio nesta quinta-feira (8). A festa da santa, que é a padroeira da Bahia, é a segunda do calendário de festas populares e religiosas de Salvador.

Apesar de parte profana da festa ter diminuído ao longo dos anos, os devotos que vão até a Basílica buscam a fé, ainda que em menor número comparado a outras festas populares, como a do Senhor do Bonfim, em janeiro, e Iemanjá, em fevereiro.

Segundo o padre Valson Santos, interventor do patrimônio da basílica, há uma esforço da igreja para que seja mais divulgado o título de padroeira da santa, desconhecido por parte da população. “A igreja tem feito um esforço para incluir a Conceição da Praia no calendário do turismo religioso, assim como a festa do Bonfim, até porque aqui está a primeira igreja de Salvador”, explica. Ele explica que as ações incluem a divulgação das celebrações da festa da padroeira e também a transmissão ao vivo pelo site da arquidiocese do novenário e do dia festivo.

Para a professora Heide Duarte, que faz aniversário no dia da padroeira, é a falta de divulgação que provoca o desconhecimento a respeito da santa. “As pessoas não sabem que é padroeira do estado, não há essa importância de dizer que ela é a padroeira da Bahia. E eu acho que economicamente falando, também não é uma festa como a do Bonfim, que atrai muito mais gente. A festa de Nossa Senhora da Conceição ficou no meio do caminho, depois de Santa Barbara, que abre o calendário  e Bonfim e Iemanjá, que encerram”, opina.

Ela vai pela primeira vez à festa esse ano, com amigas. “Eu acho que vou me emocionar muito, todo mundo que vai sempre fala que é emocionante, e também por ser o dia do meu aniversário. Acho que a sensação é de gratidão”, diz. Além de ir para a missa solene, às 8h e acompanhar a procissão no Comércio, ela também vai fazer oferendas para Oxum e Iemanjá, que são os orixás sincretizados com Nossa Senhora.

Na catedral, acontecem missas às 5h, 6h, 8h, 11h30, 12h30, 14h30, 15h30 (pelos idosos e enfermos) e 18h (Missa da Amizade, com a consagração Solene a Cristo pelas mãos da Imaculada, segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort). A missa solene, às 8h, será presidida pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, seguida de procissão. A programação também vai acontecer em outras paróquias da cidade.

Pedidos
O movimento na basílica se intensificou desde o início da semana, segundo o padre Valson. “As pessoas que não têm condição de estar no dia da festa começam a vir antes. O fluxo aumentou desde o dia 5. Muita gente prefere vir antes para rezar, fazer sua prece em um ambiente mais calmo”, afirma.

Para a aposentada Tereza Falcão, 85 anos, a véspera é o melhor momento para rezar. “Ela é a mãe de Deus. Já vim hoje pedir pelo nosso país, porque amanhã torna-se mais difícil, com muita gente, é mais difícil”.

Também foi assim com a autônoma Rosângela Botelho, 37 anos, que esteve na Basílica na quarta (7) para fazer seus pedidos e agradecimentos. “Sempre venho na véspera, porque no dia da festa a gente não tem acesso ao altar, a tocar no manto, a ter esse contato mais próximo”, explica. Ontem, ela se emocionou ao fazer as orações aos pés da santa e as lágrimas caíram quando ela tocou no manto da padroeira.

“É uma emoção muito grande, uma energia muito forte, todo ano eu trago uma fitinha com os nomes da minha família para colocar no andor. Ela é uma mãe mesmo”, conta. Ela é devota há cerca de 15 anos e todos os anos tem o compromisso de demonstrar sua fé.

Além de orações, os devotos também levaram flores para colocar no altar e aos pés da santa no andor. Para a dona de casa Maria da Conceição Gomes da Silva, 50 anos, a data é especial. Ela tem como madrinha de batismo a própria santa. “Quando nasci, eu era muito doente, e minha mãe fez uma promessa para que eu melhorasse. E por isso também que me chamo Maria da Conceição”, explica.

Apesar da promessa, a devoção pela santa começou de repente, há três anos. “Eu estava em casa e senti vontade de vir aqui. E isso já tem três anos. Sempre venho um dia antes porque é mais tranquilo para fazer as minhas orações com mais tranquilidade”, diz. Ela também concorda que deveria ter mais divulgação sobre o título de padroeira da santa. “Falta divulgação, as pessoas precisam saber”, opina.

 

 

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