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Bahia

O compositor baiano Dorival Caymmi dizia que quem não gosta de samba bom sujeito não é. A multidão que acompanhou os nove trios elétricos que desfilaram pela avenida Sete de Setembro, na tarde deste domingo (27), durante a 11ª edição da Caminhada do Samba de Salvador ratificou os dizeres do cantor.

“O samba está na nossa vida, em tudo o que fazemos, além de fazer parte da nossa história”, afirmou o professor Ricardo Andrade, 52 anos. Ele levou a esposa e a filha, uma adolescente de 15 anos, para assistir ao desfile dos trios. Entre o público o destaque foi a diversidade de idades. Vestidos de branco, homens, mulheres, idosos e crianças exibiam o samba no pé.

Nos ombos do pai, o pequeno Jonatha Santos, 3, tentava se equilibrar enquanto tocava um violão. O técnico de enfermagem Joel Santos, 40, contou que o filho acompanha a festa desde quando ainda estava na barriga da mãe. “Esse é o quarto ano em que a gente participa. Ele gosta de samba, o que é ótimo. A festa está muito linda”, contou. 

A Caminhada celebrou os também os 100 anos da gravação do primeiro samba. Em 27 de novembro de 1916, a partitura da música "Pelo Telefone" foi registrada no Departamento de Direitos Autorais da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, em nome de Ernesto Joaquim Maria dos Santos, o Donga, na época um compositor de apenas 26 anos. Para marcar o centenário, a instituição lançou uma exposição virtual com a partitura original da canção, músicas e fotos da época, chamada Ai, ai, ai... Cem Anos o Samba Faz.

A croupier Daniela Costa, 32, saiu de Mussurunga com outros quatro amigos e chegou cedo para acompanhar a festa. "Era umas 13h quando chegamos por aqui. Já participo da festa há alguns anos e estou achando bastante cheio, mas está ótimo. Não temos hora para ir embora", afirmou, entre risos.

Ela não foi a única empolgada com a festa. A autônoma Elza Pink, 25, levou outros 11 amigos para a folia. O grupo se concentrou próximo a Casa D'Itália e mostrou que tem samba no pé. "Está tudo lindo", foi apenas o que conseguiu dizer entre uma quebradeira e outra. A caminhada aconteceu entre o Campo Grande e a praça Castro Alves.

Ao lado, outro grupo não fazia por menos. O consultor de benefícios André Luís Cerqueira, 37, a esposa dele e um casal de amigos mostravam que tinham não apenas o samba no pé como também as letras das músicas na ponta da língua. Ele contou que a relação com o samba vem desde que era garoto. "O samba é ótimo. É um estilo musical muito bom. Eu gosto de samba desde que era menino e o gosto só fez aumentar com o tempo", afirmou.

Mesmo com motivos de sobra para comemorar a data, alguns foliões reclamaram do pouco policiamento, assaltos e brigas no percurso da Caminhada. A região entre a Casa D'Itália e o Relógio de São Pedro foi a que registrou o maior número de brigas e assaltos, segundo o público. Procurada, a Polícia Militar não comentou as queixas.

 

 

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