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Bahia

Depois de 24 meses de restauração e reforma, o Forte de São Marcelo, no Comércio, foi entregue pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na tarde desta sexta-feira (18). A obra, que custou quase 7,5 milhões, faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas. A gestão do forte será feita pela Prefeitura de Salvador, que ainda não definiu o que vai fazer com o patrimônio.

"Estamos fazendo um estudo de qual seria a ocupação ideal desse forte. Provavelmente vai ser alguma coisa ligada à contemplação, à visão que você tem da Baía de Todos os Santos e a possibilidade de desfrutar dessa vista", sugere o presidente da Fundação Gregório de Matos (FGM), Fernando Guerreiro.

Guerreiro acredita que em dezembro ou, no máximo, janeiro o órgão já terá uma definição. "O Forte tem uma série de especificidades, como a questão do deslocamento, do salitre. A área é aberta, então você não pode sonhar em botar toldo porque você destrói completamente a estrutura do local", explica.

Presente na entrega, a presidente do Iphan, Kátia Bogea, informou que a próxima obra do PAC Cidades Históricas a ser entregue é o Memorial do Frontispício, que vai abrigar o Museu da Cidade. "As obras estão andando normalmente. Já vamos iniciar também as obras em Santo Amaro. Para 2017, já conseguimos recursos suficientes para que as obras em andamento não fiquem paralisadas", garantiu. De lá, a presidente seguiu para uma visita ao terreiro Ilê Axé Opô Afonjá, em São Gonçalo do Retiro.

Dificuldades
De acordo com o superintendente do Iphan na Bahia, Bruno Tavares, a obra teve uma série de dificuldades devido à sua configuração única e muito tempo sem uma restauração. "Imagine que esse forte foi feito sobre um derrocamento de pedra que foi feito há quase quatro séculos, com sucessivas ampliações. A ação do mar durante os anos tinha carregado material por debaixo do forte e parte do preenchimento das paredes havia sido perdida. Havia o risco iminente do forte ruir", afirma, lembrando que mergulhadores foram usados na obra.

"O projeto era muito complexo. É uma coisa única, um forte no meio do mar com centenas de anos de idade. Foi difícil fazer um diagnóstico e executar um projeto de preenchimento dessas lacunas com a variação da maré. Até a logística de levar materiais foi complicada", completa Tavares. O superintendente ainda revelou que as paredes superiores estavam cheias de cristais de sal, alguns com cinco centímetros de largura.

 

 

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