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Bahia

Em Salvador, quem tem um pé de qualquer coisa perto de casa já pode se dar por feliz. Mas nas casas do Baixo Sul do estado, é diferente. Ir no quintal de casa e pegar uma fruta do pé para fazer suco é rotina. Na nascente do Rio Juliana, em Igrapiúna, a família do agricultor Jovan Nascimento ostenta um quintal com 2,1 mil árvores das mais variadas espécies: jacarandá, ingá, sucupira, seringueira. Isso sem falar nas frutíferas, que dão desde cupuaçu e graviola até guaraná.

As árvores do quintal de Jovan são apenas uma parte das mais de 200 mil que foram plantadas na região do Pratigi desde 2008. A conservação ambiental da região é promovida pela Organização de Conservação da Terra (OCT), integrante do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade (PDCIS), desenvolvido pela Fundação Odebrecht.

“A gente trabalha com o planejamento de espaço para fazer o uso adequado da terra, sinergicamente ao uso dos recursos naturais. Quando se cria uma integração da agenda econômica e ambiental, você gera sustentabilidade”, afirma o diretor-executivo da OCT, Volney Fernandes. O PDCIS já existe há 13 anos e também atua na geração de trabalho e renda dos produtores rurais, na inclusão social, e na educação contextualizada dos jovens da zona rural.

A família de Jovan foi uma das primeiras beneficiadas pela OCT, em 2012. Graças ao Sistema de Agroflorestas (SAF), implementado pela organização, o faturamento de Jovan aumentou cerca de 1.000% em três anos. “Nós plantamos as árvores para construir a floresta. Folhas e galhos caem das árvores e servem de adubo ao solo, fazendo a água empoçar e impedem a erosão”, conta Volney. “O cultivo acontece ao redor da floresta e absorve todos esses benefícios”, completa.

Jovan conta que, para ele, o reflorestamento foi o principal desafio. “Aqui não tinha árvore nenhuma. Fazia muito calor, mas agora minha casa é ar puro”, lembra o agricultor. A principal cultura da família é o cacau, porém, com as mudanças implementadas, Jovan introduziu o cultivo da mandioca, do feijão, da banana-da-terra e do aipim. “Essas são culturas de baixo impacto, ou seja, que ao serem plantadas geram menos carbono e prejudicam menos o meio ambiente”, explica Volney.

Serviços ambientais
Um dos métodos utilizados pela OTC é o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), que é aplicado em parceria com a prefeitura da cidade. Segundo Volney, a organização orienta os produtores rurais com técnicas para uma produção mais sustentável e eles recebem o pagamento da prefeitura por cada área conservada. “No início, é uma forma de tornar a preservação mais atrativa para eles, até que as técnicas sejam incorporadas e eles entendam a real importância da conservação”, afirma o diretor da OCT.

Jovan, por exemplo, recebeu cerca de R$ 1.700 pelas 2,1 mil  árvores plantadas, durante três anos. No ano passado, foram 76 hectares de áreas restauradas e mais de 1,5 mil famílias atendidas pela OCT. Dessas, 17 foram as primeiras do Brasil a ser certificadas com o Selo Rainforest Alliance, uma certificação socioambiental internacional, que garante que determinada propriedade está cumprindo com suas funções socioambientais. Atualmente, mais quatro famílias estão em processo de certificação.

 

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