A casa noturna Café Hot, no bairro do Rio Vermelho, foi interditada, na noite desta quinta-feira (20), pela terceira vez esse ano, por agentes da Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom). O motivo da interdição, segundo a secretaria, é o desenvolvimento de atividade comercial em desacordo com alvará de funcionamento.
No local, foram apreendidos materiais como camas, sofás, cadeiras e mesas. Segundo a Sucom, o empreendimento possuía autorização para funcionar como bar e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas, mas estava desenvolvendo atividade de casa de shows.
A casa noturna foi interditada em fevereiro e em julho deste ano. Desde que foi aberto, o local despertou polêmica no bairro. Moradores e comerciantes acusam o Café Hot de oferecer serviços de striptease e alegam que isso prejudica os negócios.
O estabelecimento fica a cerca de 100 metros da estátua do escritor Jorge Amado com a mulher, Zélia Gattai, nos fundos da Igreja de Santana, no Largo da Dinha.
De acordo com a Sucom, a casa foi fechada com base no artigo 8º do Código de Polícia Administrativo, que determina que os estabelecimentos comerciais, industriais, de crédito, seguro, capitalização, religioso, de prestação de serviço de qualquer natureza, profissional ou não, e as empresas, em geral, precisam de alvará de funcionamento ou autorização de funcionamento.
A polêmica envolvendo o Café Hot teve repercussão na cidade após ser revelada com exclusividade pela coluna Satélite do CORREIO, em fevereiro, um mês depois de ter sido aberto. Panfletos anunciando “shows de strip tease” diários, com “lindas garotas” em um “ambiente climatizado” foram distribuídos, despertando a atenção dos moradores, que procuraram a Sucom para denunciar a irregularidade.
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