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Bahia

Parece um jogo. Na tela do computador, viaturas da polícia, bombeiros e Samu se deslocam rapidamente pelo mapa de Salvador, durante o Carnaval, em direção ao circuito Barra-Ondina depois de uma briga generalizada. Viaturas da Transalvador também se movimentam rapidamente para facilitar o socorro aos feridos. Não é um jogo, é um simulado realizado pelo novo software da Secretaria da Segurança Pública (SSP), o Sg2i, sigla para Sistema de Gestão e Inteligência.

O programa permite simular  situações em que é necessária a atuação de várias instituições ao mesmo tempo, como o próprio Carnaval, acidentes e fenômenos naturais e outras operações  complexas. A ideia é facilitar o tempo de resposta das ações, segundo o major Paulo Roberto, coordenador de operações do Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR).

A primeira experiência de uso do simulado vai ser na folia do ano que vem. A SSP vai reunir todos os órgãos envolvidos na operação – incluindo os municipais – para trocar informações e montar o simulado. Também nesse momento, os operadores de todos os órgãos vão ser treinados para usar a ferramenta.

“A ideia é que isso seja o ordinário: vai lá e clica no simulado o que vai ser feito, a gente sabe todas as instituições. Estamos trabalhando agora uma simulação para o Carnaval. Vamos começar com os grandes eventos até chegar no ordinário”, explica o major.

Qualquer lugar
Os simulados podem ser realizados em todo o estado. Basta escolher o cenário onde vai acontecer a operação, inserir os dados de efetivo e indicar as rotas que devem ser percorridas. Dá para pontuar também outros elementos que devem fazer parte da operação como hospitais, bloqueios de vias e presença de multidões.

Depois, é só salvar o simulado na plataforma e acessá-lo quando a situação acontecer. No caso do Carnaval, o simulado poderá ser consultado caso aconteçam situações como briga, homicídio, pane em trio elétrico. A partir disso, cada operador vai consultar o simulado e acionar as equipes conforme o indicado pelo programa. Também é possível ir adequando os aspectos das simulações como mudanças de rotas ou inserção de outras equipes.

O simulador também vai fazer parte das telas do Centro de Controle de Operações da SSP, que fica no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Lá, em casos de grandes eventos, já estão prepostos de outras instituições, que também vão ter acesso ao programa.

Integração e economia
Além da SSP, outras instituições também vão ter um computador e uma pessoa apta a manipular o programa. “O operador de cada instituição vai ter o seu monitor, vai saber qual a sua viatura. Temos um especialista que vai fazer o simulado de um atentado. Os operadores vão ver que aconteceu um fato e vão tomar suas devidas providências, cada um no seu órgão”, afirma o coordenador de operações.

Colocando em prática, será possível reduzir o número de simulados em terreno de uma mesma situação e reduzir os custos. “Com isso, a gente ganha muita economia. Vai impactar menos no trânsito e não vamos tirar do ordinário viaturas que estão dando apoio à comunidade. Ajuda muito no sentido de reduzir custos no dia a dia”, ilustra.

No caso dos simulados realizados para a Copa, em vez de cinco, poderia ser realizado apenas um. Também se pode evitar o uso do helicóptero do Grupamento Aéreo da Polícia Militar (Graer) em todas as operações. “A gente consegue verificar a necessidade da utilização do Graer, por exemplo. Para levantar uma aeronave dessa, o custo é alto. Podemos reduzir o custo e o atendimento à população vai ser com mais eficiência”, garante o major Paulo Roberto.

Para ele, a integração com os órgãos, que já existe, vai ser aperfeiçoada. “A integração entre os órgãos já funciona muito bem. A atuação deles vai depender apenas do cenário de crise e o tempo para resolução do problema também será indicado no programa”, explica.

Segundo o capitão Alan Freitas, especialista no simulador, o uso do equipamento vai impactar diretamente nas tomadas de decisão durante grandes operações. “Cada um já sabe o que fazer, só vai ter o elo de ligação: o operador é quem vai orientar. É mais a questão da tomada de decisão”, explica.

 

 

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