Com a greve dos bancários, iniciada no dia 6 de setembro, a Bahia terminou o mês com menor número de ataques de assaltantes a bancos. Dos 417 municípios baianos, nenhum caso de assalto a banco foi registrado nos trinta dias entre 29 de agosto e 29 de setembro.
O levantamento foi realizado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) e aponta que o período foi o maior deste ano, mantendo zerado o número de casos em todo o estado.
Segundo dados da Superintendência de Gestão Integrada da Ação Policial (Siap) da SSP, o penúltimo ataque a banco ocorrido na Bahia foi à agência do Bradesco do município de Quixabeira, e no último dia 30, em Aratuípe. A redução foi de 63% se comparados os meses entre janeiro a setembro dos anos de 2016 e 2015.
"Um resultado conquistado por todos os policiais que se dedicam à prevenção e repressão deste tipo de crime, que demanda muito empenho e trabalho integrado", afirmou o secretário Maurício Teles Barbosa.
O delegado Maurício Moradillo, coordenador de Repressão a Roubos Contra Instituições Financeiras do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), atribui a redução ao enfraquecimento do poder de fogo das quadrilhas especializadas, a desarticulação de grupos e ao aumento da apreensão de armamentos de grosso calibre, utilizados nos ataques. Até agosto deste ano, quase quatro mil armas foram apreendidas pela polícia baiana.
Reivindicações
A greve dos bancários, que entrou neste sábado (1) 26º dia, já é a segunda mais longa desde 2004, quando a paralisação chegou a 30 dias. Em 2013, a terceira maior do período, a greve teve 24 dias.
Os trabalhadores reivindicam reajuste de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando inflação de 9,31%; participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários acrescidos de R$ 8.317,90; piso no valor do salário-mínimo do Dieese (R$ 3.940,24), e vales alimentação, refeição, e auxílio-creche no valor do salário-mínimo nacional (R$ 880). Também é pedido décimo-quarto salário, fim das metas abusivas e do assédio moral.
Atualmente, os bancários recebem um piso de R$ 1.976,10 (R$ 2.669,45 no caso dos funcionários que trabalham no caixa ou tesouraria). A regra básica da participação nos lucros e resultados é 90% do salário acrescido de R$ 2.021,79 e parcela adicional de 2,2% do lucro líquido dividido linearmente entre os trabalhadores, podendo chegar a até R$ 4. 043,58. O auxílio-refeição é de R$ 29,64 por dia.
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