Seguindo o mesmo ritmo de ilegalidades visto durante os últimos dias da campanha eleitoral, na manhã deste domingo (27), dia do segundo turno das eleições municipais em Camaçari, a Polícia Militar da Bahia realizou uma operação que resultou na interceptação de um esquema de compra de votos vinculado à campanha de Flávio Matos (União Brasil).
A ação ocorreu no Posto Xangô, mesma rede beneficiada com mais R$ 1 milhão gastos em combustíveis pelo candidato do prefeito, onde um grupo de motociclistas foi flagrado portando materiais de campanha do candidato, incluindo adesivos e bandeiras com o número 44.
Os motociclistas, vestidos predominantemente de azul, foram encontrados com vales de R$ 30,00 para abastecimento de combustível, que seriam usados em troca de votos. Esse tipo de prática configura crime eleitoral, caracterizando abuso de poder econômico e corrupção.
A legislação eleitoral brasileira proíbe a oferta de qualquer benefício financeiro em troca de votos, com o objetivo de preservar a integridade do processo eleitoral e garantir o livre exercício do voto.
Transporte ilegal de eleitores
Além dessa ação, outra operação policial interceptou dez ônibus que realizavam o transporte irregular de eleitores para as zonas eleitorais de Camaçari. Os passageiros dos ônibus relataram ter recebido R$ 130 como incentivo para participar da ação e foram instruídos a vestir camisas azuis em apoio a Flávio Matos.
Além dos veículo detidos em Camaçari, o âncora Uziel Bueno publicou em suas redes sociais um vídeo onde denuncia mais de 15 ônibus detidos em Salvador, no Parque de Exposições, que estamos prontos para vir a Camaçari. Nas imagens, Uziel mostra um ônibus em sendo abordado pela PM, do qual são retirados vários homens destidos de azul.
No chão, ao lado do veículo, aparecem vários sacos com o que parecem ser materiais de campanha.
Também de acordo com a legislação eleitoral, o transporte de eleitores por partidos ou candidatos no dia da eleição é um crime, com penas que podem variar de quatro a seis anos de reclusão, além de multa. A operação foi desencadeada por denúncias e áudios que revelavam a estruturação do esquema. Em um dos áudios apreendidos, uma voz anuncia: “São 1000 vagas… Horário, né? 5h30, 6 horas”, evidenciando a organização por trás da atividade ilícita.
As investigações estão em andamento para identificar todos os envolvidos e esclarecer a extensão do esquema. As ações da Polícia Militar fazem parte dos esforços de fiscalização do pleito municipal de 2024, com o objetivo de assegurar a integridade do processo eleitoral e coibir tentativas de manipulação de votos.
Veja o vídeo
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