Em Convenção, com a vice Caetano volta à prometer transporte gratuito e saúde funcionando

Governador Jerônimo Rodrigues (PT) marcou presença na convenção partidária do pré-candidato à prefeitura de Camaçari, Luiz Caetano (PT) e da vice-prefeita, Dea Santos (PSB) (Foto: CFF/Marcelo Franco)

Se a convenção partidária for uma medida de como será o governo do próximo prefeito, então a população de Camaçari deve ficar atenta, principalmente aqueles que pretendem votar no candidato do prefeito Elinaldo. Já que, enquanto na sua Convenção o grupo se dedicou a falar de 2016, Caetano, sem deixar de alfinetar o modelo de gestão do governo atual, com a cabeça focada e, mais importante, com os projetos que tem em mente para a cidade a partir de 2025, deu seu recado para um público de “mais de 20 mil pessoas”, segundo disse que lhe garantiu a Polícia Militar.

“Todo mundo que tá aqui sabe o que tá sofrendo com essa gestão que está aí. Camaçari é a segunda cidade mais rica da Bahia, a quinta no nordeste e a 32º Brasil. Justifica não ter dipirona no posto médico? Justifica, ter mais de 100 mil pessoas na fila esperando atendimento? Temos 11 mil mulheres aguardando para fazer ultrassom mamária, temos 21 mil mulheres aguardando para fazer ultrassom vaginal”, apontou ele que, como não podia deixar de ser, contou com a presença da esposa, a deputada federal, Ivoneide Caetano.

Mas, ao contrário do seu oponente, Caetano não ficou só nas críticas. “Nós vamos fazer a Cidade da Tecnologia. Eu fiz a Cidade do Saber e o prefeito que tá aí fechou, mas a partir de 2025 nós vamos reabrir a Cidade do Saber”, prometeu.

E se essa notícia é boa, a promessa seguinte é ainda melhor. Luiz Caetano garantiu que vai requalificar o atendimento nos postos de saúde “para que o cidadão seja atendido e já saia de lá com o remédio, já saia com o exame marcado, e possa ter a sua saúde bem cuidada”. Além disso, Caetano também repetiu a promessa de transporte público gratuito e afirmou que “o presidente Lula já autorizou os recursos para a compra de ônibus elétricos para o município".

Dea

A candidata a vice-prefeita, que é pastora evangélica, Dea Santos (PSB), não deixou por menos e, com firmeza, mostrou que sabe bem o que quer e o que fazer com um microfone na mão. “Eu estou aqui para deixar claro que uma mulher comum, filha da terra pode ocupar os espaços de poder. Os forasteiros precisam ser mandados embora, sim. Nós podemos ocupar qualquer espaço, nós temos competência”, declarou ela, claramente se referindo aos vários secretários municipais que Elinaldo trouxe de fora, como justificativa de que a cidade não tinha quadros técnicos competentes para tais cargos.

“Eu sou uma mulher que está à frente de uma ONG, levando saúde mental gratuita para o nosso povo, porque esse governo não consegue levar”, completou Dea, como quem tem conhecimento de causa, e respondendo indiretamente aos questionamentos de quem a tem criticado por ter se afastado da gestão Elinaldo.

Jerônimo

Na mesma linha, o governador Jerônimo Rodrigues ressaltou a vontade política da gestão atual: “Parece que a prefeitura não tem responsabilidade. Parece que eles estão anestesiados, mas eles não estão. Eles estão fazendo um modelo de governo que não serve para a gente”, avaliou. Em seguida, lembrou à população que é importante eleger vereadores alinhados ao projeto de governo de Caetano, sem deixar de fiscalizar a gestão, claramente alfinetando a bancada governista na Câmara atualmente.

Wagner

O ex-governador e senador, Jaques Wagner foi ainda mais taxativo, sobre a falta de investimento da prefeitura na cidade “R$ 2 bilhões, a receita de Camaçari. É preciso que esse dinheiro fique visto aos olhos de vocês como obras, como melhoria, como uma condição de vida melhor. E eu não vejo isso aqui. Uma cidade com R$ 2 bilhões de receita dá pra fazer muito mais. Sabe o que está faltando? Está faltando a mudança e essa mudança chama-se Caetano e Dea. Essa é a realidade”.

Diretamente de Brasília, via chamada de vídeo, para engrossar a fileira, entraram na cena o senador Otto Alencar e o ex-governador e atualmente ministro-chefe da Casa Civil, do governo Lula, Rui Costa.

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