“Gato escaldado tem medo de água fria”. Foi esse o termo usado por militares para justificar a iniciativa do Exército de preparar um local para receber possíveis alvos de ordens de prisão, nesta quinta-feira. A preocupação é que os generais que serão ouvidos pela Polícia Federal na investigação que apura uma tentativa de golpe de Estado junto a Jair Bolsonaro possam vir a ser presos, como houve recentemente com outros militares.
Os militares que serão ouvidos são Augusto Heleno (ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), Walter Braga Netto (ex-ministro Chefe da Casa Civil e ex-candidato a vice-presidente da República), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Cleverson Ney Magalhães, (ex-coronel do Exército e ex-oficial do Comando de Operações Terrestres) e Mário Fernandes (ex-chefe-substituto da Secretaria-Geral da Presidência),.
Como a Força já teve que preparar, às pressas, celas para receber fardados, como o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o Exército decidiu se antecipar e já ter um plano traçado, em caso de eventuais prisões. O local pode, inclusive, ser usado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, se ele desejar isso, em um cenário de detenção. Bolsonaro é capitão reformado do Exército.
Como informou a coluna “Radar”, da revista “Veja”, o local que abrigaria os generais presos seria um alojamento localizado no Comando Militar do Planalto, dentro do Quartel-General da Força, em Brasília. A coluna apurou que antes de os depoimentos do generais serem marcados, o Exército já havia previsto melhorias para essa área.
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