As férias de verão são um verdadeiro deleite, principalmente para as crianças, mais tempo em casa com os pais, se divertindo. No entanto, também pode exigir ainda mais atenção dos responsáveis. Nas áreas de lazer de condomínios, por exemplo, criminosos podem se aproveitar de algum descuido em áreas isoladas, como piscina e parquinho, para praticar abusos.
Um crime ocorrido na última sexta-feira, na piscina de um residencial, em Camaçari, acendeu um alerta para os cuidados que tanto os responsáveis quanto os condomínios devem ter. De acordo com o síndico profissional Rildo Oliveira, é comum nas férias as crianças tomarem conta das áreas de lazer. “As pessoas que mais usam as áreas comuns são as crianças e adolescentes”.
O agressor, de 57 anos, é acusado de “tocar” nas crianças. Ele chegou a ser preso em flagrante, mas foi solto no sábado, após audiência de custódia.
O pediatra e membro da diretoria da Sociedade Baiana de Pediatria, Cefas Gonçalves, explica que, geralmente, o abusador busca afastar as crianças dos pais, e que consegue isso por já ser conhecido. “Como ele já tem a confiança da criança, ele a atrai, e então comete o crime”, conta.
Contudo, ele ressalta que tanto nesta época das férias quanto no ano letivo é importante estar sempre próximo à criança. “A primeira coisa que oriento é não deixar a criança ficar brincando sozinha, sempre ter alguém supervisionando”.
Cefas conta que mudanças abruptas no comportamento da criança pode ser um indicativo de abuso. Sintomas como tristeza persistente, falta de comunicação, choro sem motivo aparente e impaciência merecem atenção redobrada. As consequências do abuso para as crianças podem perdurar pela vida toda. “Além de doenças sexualmente transmissíveis, casos de abusos infantis podem gerar ansiedade, transtorno de depressão e ajustamento, as crianças podem sofrer com isso a vida toda”, afirma.
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