Depois que a Operação Lucas 12:2 da Polícia Federal mostrou que um grupo de militares e outros assessores próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com a participação e liderança dele, estariam desviando joias, relógios e itens luxuosos que pertencem ao Estado brasileiro, os enviando ao exterior no avião presidencial e os vendendo nos EUA, uma frase disparada pelo general Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante a gestão do líder de extrema direita, e mais reacionário e bajulador de seus subordinados, passou a circular nas redes sociais.
Heleno, o funesto comandante do órgão estatal que teve protagonismo pleno na tentativa de golpe de Estado que tinha o intuito de impedir a posse de Lula (PT) e manter Bolsonaro no poder, deu a declaração durante uma reunião ministerial em 14 de junho de 2019, em Brasília, na presença de inúmeros jornalistas.
“Um presidente da República desonesto tinha que tomar uma prisão perpétua. Isto é um deboche com a sociedade. Presidente da República desonesto destrói o conceito do país... Isso é uma canalhice típica desse sujeito. Não mereceu jamais ser presidente da República. Presidente da República é uma instituição quase sagrada. Eu tenho vergonha de um sujeito desses ter sido presidente da República”, falou Heleno com seu parco e pobre vocabulário, obviamente referindo-se a Lula, por quem nutre um ódio patológico.
No entanto, em seu discurso, Heleno não explicou para quais delitos relacionados à “desonestidade” a pena de prisão perpétua proposta por ele seria válida. Não há menção alguma sobre desvio e furto de patrimônio público para revendê-lo e auferir lucro em moeda estrangeira, por exemplo, que eventualmente poderia ser cometido por algum ocupante do Palácio do Planalto.
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