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Operação Constituição Cidadã, tem como objetivo esclarecer o suposto uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral relativo ao segundo turno das Eleições Presidenciais de 2022 (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)Operação Constituição Cidadã, tem como objetivo esclarecer o suposto uso da máquina pública para interferir no processo eleitoral relativo ao segundo turno das Eleições Presidenciais de 2022 (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Mandado de prisão foi autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso na manhã desta quarta-feira, 9, em Florianópolis-SC, em uma operação da Polícia Federal, batizada de Constituição Cidadã, que apura suposta interferência no segundo turno das eleições de 2022.

Os mandados de prisão foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ao todo, 10 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão foram cumpridos nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.

Segundo a PF, os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal Brasileiro, e os crimes de impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato, do Código Eleitoral Brasileiro.

Em 30 de outubro do ano passado, durante o segundo turno das eleições, a PRF realizou blitze que interferiram na movimentação de eleitores que se deslocavam pelo país, sobretudo na região Nordeste, onde o então candidato Lula (PT) tinha vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas.

Um dia antes, Vasques havia declarado voto em Bolsonaro nas redes sociais. No dia da votação, Moraes determinou a suspensão imediata das blitze, sob pena de prisão de Vasques, que desrespeitou a ordem do Supremo.

A Polícia Federal deve ouvir 47 membros da PRF envolvidos nas operações nas eleições.

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