O clima é de apreensão nos bastidores do governo. Às vésperas da divulgação de uma nova pesquisa do DataFolha, aliados de Jair Bolsonaro já dão como certo o aumento da distância entre o presidente e seu principal adversário, Lula.
A trajetória de crescimento que Bolsonaro teve nas pesquisas anteriores deve estagnar e mostrar uma perda de força do presidente. Se o temor se confirmar e Lula ampliar sua vantagem, as alianças devem ficar difíceis.
No último levantamento, a distância entre os dois líderes era de 21 pontos. A equipe do presidente esperava que a distância diminuísse ainda mais para conquistar espaço, palanque e aliados. Se o DataFolha de fato mostrar que o presidente parou de crescer, a perda de força será inevitável.
Enquanto Lula conseguiu unir nomes importantes da esquerda e faz um aceno ao centro, atraindo caciques de partidos como o MDB, Bolsonaro deve ver uma debandada de seus aliados se não demonstrar força para vencer a eleição.
A política vive de (tentar) prever o futuro. Com a proximidade das eleições, uma pesquisa que mostre Bolsonaro estagnado ou caindo pode ser fatal para os seus planos de buscar apoio para se reeleger.
As prisões do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro e dos pastores evangélicos Gilmar Santos e Arilton Moura jogaram por terra o discurso anticorrupção do presidente Jair Bolsonaro. A menos de quatro meses da eleição, o caso põe uma das pastas mais importantes da Esplanada sob investigação pela Polícia Federal e ajuda a dar munição à oposição.
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