A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta terça-feira, 22, o seguimento em uma ação ajuizada pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para suspender parte da decisão do ministro Gilmar Mendes, na sexta-feira passada. Ainda cabe recurso da decisão.

As informações da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (MS), ex-líder do governo no Senado, não serão incluídas no processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff, em análise por uma comissão especial da Câmara. O relator do caso, Jovair Arantes (PTB-GO), disse que a decisão foi tomada depois de conversas com assessores jurídicos da Casa e os integrantes do comando da comissão, entre eles, o deputado Rogério Rosso (PSD-DF), presidente do colegiado.

Mesmo sem saber se conseguirá virar ministro da Casa Civil, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já atua nos bastidores como articulador político do governo. A prioridade de Lula é segurar o PMDB na equipe, mas há também uma estratégia para impedir a debandada de partidos menores, pois o Palácio do Planalto foi informado de que existem aliados dispostos a trair a presidente Dilma Rousseff na Comissão Especial do impeachment, instalada na Câmara.

De acordo com o colunista Ilimar Franco, dirigentes do PMDB afirmam que seria irresponsável deixar o governo de imediato.

Líder nas pesquisas para 2018, a ex-senadora Marina Silva diz que o impeachment de Dilma Rousseff deixa intacta "a metade dos problemas que hoje afetam o País".

A presidente Dilma Rousseff prepara um recurso ao STF (Supremo Tribunal Federal) caso seja aprovado um pedido de impeachment contra seu mandato na Câmara.