A presidenta Dilma Rousseff reuniu-se ontem (12) com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o núcleo duro do governo para avaliar o cenário político após o PP, partido até hoje da base aliada, declarar voto favorável ao processo de impeachment por parte da maioria da bancada. O Palácio do Planalto ainda não tem uma interpretação sólida sobre a movimentação do PP, mas avalia que, na conta mais pessimista, perdeu apenas dez votos, e que portanto mais de 200 deputados ainda continuam contrários ao prosseguimento do impeachment.

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) confirmou, em entrevista à jornalista Eliane Cantanhêde, que é candidato a tomar a cadeira da presidente Dilma Rousseff.

Numa guerra, a primeira vítima é sempre a verdade. Com base nessa máxima, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), alerta para as mentiras que vêm sendo contadas na casa, para alardear um clima de "fato consumado" em relação ao impeachment.

Detentor da quarta maior bancada da Câmara, parte do PP decidiu nesta terça-feira (12), que apoiará o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Foram 26 votos pelo impedimento contra 12 contrários. Seis deputados federais se abstiveram e outros sete estavam ausentes, o que poder levar o governo a ter cerca de 20 votos, que é o número que o Planalto planeja ter. O PP tem atualmente uma bancada de 47 integrantes na Câmara. Outros 4 deputados da sigla não estão exercendo o mandato.

Presidente do PMDB, o senador Romero Jucá (RR), disse, nesta terça-feira (12), lamentar que a presidente Dilma Rousseff esteja "perdendo a serenidade" e o "equilíbrio" ao colocar, segundo ele, a culpa em outras pessoas dos erros cometidos pelo próprio governo.

O Supremo Tribunal Federal pautou para esta quarta-feira (13) o mandado de segurança que discorre sobre a possibilidade do Congresso votar emenda constitucional para instituir o parlamentarismo no país.