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Confidência foi feita pelo militar na véspera do depoimento à PF, em 4 de abril. Um mês depois Cid foi preso. Na foto, Mauro Cid e Fabio Wajngarten. Agência Senado/DivulgaçãoConfidência foi feita pelo militar na véspera do depoimento à PF, em 4 de abril. Um mês depois Cid foi preso. Na foto, Mauro Cid e Fabio Wajngarten. Agência Senado/Divulgação

Reportagem de Juliana Dal Piva, no portal Uol nesta terça-feira (5), revela que bem antes de iniciar as negociações sobre uma delação premiada, o tenente-coronel Mauro Cid já desconfiava que Jair Bolsonaro (PL) estava arrastando ele "para a lama".

A confidência é apontada em uma troca de mensagens do militar com o ex-Secom Fabio Wajngarten, que atua na defesa de Bolsonaro, no dia 4 de abril, véspera do depoimento que Cid daria à Polícia Federal.

Segundo a jornalista, Wajngarten enviou para Cid um texto do jornalista Ricardo Noblat, do portal Metrópoles, com o título "Bolsonaro arrasta com ele para a lama seus mais fiéis servidores".

"Não deixa de ser verdade", afirma Cid na resposta.

Um dia depois, ele disse à PF que fazia parte de seu trabalho na Ajudância de Ordens da Presidência buscar presentes recebidos por Bolsonaro.

Na investigação, a PF aponta que dias antes, o dia 2 de abril, "Mauro Cid e Frederick Wassef se encontraram na cidade de São Paulo, momento em que a posse do relógio passou para Mauro Cid, que retornou para Brasília/DF na mesma data, entregando o bem para Osmar Crivelatti, assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro".

O relógio mencionado pela Polícia Federal é o Rolex que foi recomprado por Wassef para devolução ao Tribunal de Contas da União (TCU). Um mês depois, em 3 de maio, Cid foi preso pela PF.

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