A Polícia Civil de São Paulo investigava uma quadrilha acusada de operar um esquema de fraude na expedição da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) quando se deparou com uma situação curiosa. Uma mulher, suspeita de ser integrante do bando, teve o celular apreendido pelos agentes, que buscavam provas da participação dela nas fraudes. Só que os policiais acabaram achando vídeos, áudios e mensagens que mostram que Jussara Sakamoto, moradora de Presidente Prudente (SP), é uma extremista bolsonarista que estava na invasão do Palácio do Planalto nos atos terroristas de 8 de janeiro deste ano.
Nos arquivos encontrados pelos investigadores, Jussara aparece dizendo que “estava indo invadir o Congresso” e que iria “queimar a ratoeira”, informa a Polícia Civil paulista, que por conta do foro onde o caso tramita enviou as informações coletadas e o aparelho celular para o Supremo Tribunal Federal (STF).
“Nós estamos aqui e essa nação é nossa! A guerra está só começando! Vamos colocar fogo na ratoeira” e “Nós tamo indo invadir Brasília amiga. Nós vamos invadir o congresso. Tamo saindo daqui hoje 11 horas da noite, muita gente” foram dois trechos de mensagens de Jussara divulgados pelos responsáveis pela descoberta. Numa outra conversa, ela admite ao filho que foi identificada nas filmagens e que “seu caso já estava na mesa do Xandão”, em referência ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.
Os advogados da suspeita alegaram que a cliente foi alvo de um mandado de busca ilegal e que os dados extraídos do telefone seriam “de caráter pessoal e íntimo”, afirmando que Jussara é inocente tanto da acusação de participar nas fraudes da CNH quanto dos atos terroristas levados a cabo pelos radicais bolsonaristas em Brasília.
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