"Ele que vá pegar o voto dos milicianos, daqueles que mataram Marielle, da quadrilha chefiada pelo Queiroz, daqueles que estão organizando a rachadinha dos seus filhos", disse Lula, subindo o tom.
Em discurso após arrastar uma multidão pelas ruas de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, nesta quinta-feira (6) ao lado de Geraldo Alckmin (PSB) e Fernando Haddad (PT), candidato ao governo do Estado, Lula (PT) subiu o tom contra Jair Bolsonaro (PL), a quem voltou a se referir como "genocida", e rebateu a declaração em que ele diz que o petista só ganhou no Nordeste porque o povo da região é analfabeto.
"O meu adversário disse que eu só ganhei as eleições dele porque o povo nordestino é analfabeto. As pessoas que são analfabetas não são por sua responsabilidade. As pessoas ficaram analfabetas porque esse país nunca teve um governo que se preocupasse com a educação. A cidade de São Bernardo do Campo, a cidade de Santo André, nunca tiveram o direito de ter uma universidade federal. Foi o metalúrgico quase analfabeto que trouxe a universidade para cá. Levamos faculdade para Diadema, Santos e Sorocaba. Eu e esse companheiro aqui", disse Lula, levantando a mão do ex-ministro da Educação.
"Eles têm que saber que, nós nordestinos, ajudamos a construir cada metro de asfalto desse país, cada ponte, cada casa. Eles têm que saber que não queremos mais passar fome, queremos comer. Nós não queremos ser apenas pedreiro, queremos ser engenheiro. Nós não queremos ser empregada doméstica, queremos ser médicas, sociólogas, professoras. Portanto, gente, eu quero pedir para vocês que mandassem um telefonema para os parentes de vocês no Nordeste. Quem tiver uma gota de sangue nordestino não pode votar nesse negacionista monstro que governa esse país", disse Lula.
"Ele que vá pegar o voto dos milicianos, daqueles que mataram Marielle. Ele que vá pegar os votos daqueles que mataram milhares de pessoas na pandemia. Eles que vão pegar os votos da quadrilha chefiada pelo Queiroz que ele guardou até agora. Para aqueles que estão organizando a rachadinha dos seus filhos", emendou.
Lula ainda alertou para a avalanche de fake news disparada pelo gabinete do ódio na reta final da eleição.
"Nosso adversário não cansa de mentir. Conta 7 mentiras por dia. Nesses próximos 24 dias vocês precisam ficar alertas. Saber distinguir o que é mentira e o que é verdade, inclusive no celular".
Vídeo - Assista a partir de 58 minutos
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