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Política

Câmara de Camaçari (Foto: Reprodução)Câmara de Camaçari (Foto: Reprodução)

Na sessão ordinária desta quinta-feira (31), vereadores de Camaçari, aliados do atual prefeito, Elinaldo Araújo (União Brasil) e do ex-candidato derrotado Flávio Matos,  do mesmo partido, declararam que estão organizados e alinhados com o objetivo de inviabilizar a gestão do prefeito eleito Luiz Caetano (PT), que assume a prefeitura em janeiro de 2025.

Com a maioria de 14 das 23 cadeiras na Câmara Municipal, os vereadores ameaçam obstruir pautas enviadas pelo Executivo e se vangloriam do pretenso poder de barrar projetos, criação de secretarias e até mesmo obras. Em falas que subiram o tom e demonstram total desrespeito pela população e pela democracia, os parlamentares afirmaram abertamente que Caetano enfrentará grandes dificuldades para implementar seus projetos e atender às demandas da cidade.

Em defesa do povo?

O vereador Dr. Samuca (União Brasil) foi o primeiro a falar sobre o objetivo de controle sobre a administração municipal: "Vocês ganharam o Executivo, mas o Legislativo quem tem o controle somos nós. Se preparem, porque nós estamos com um exército preparado aqui pra fazer oposição e vocês não sabem o que é oposição. Nós vamos prezar pela autonomia legislativa e vamos ditar o compasso desse governo que entrou aí. Podem ter certeza disso.", declarou ele, que não defendeu a autonomia da Câmara durante a gestão de Elinaldo.

Dudu do Povo (União Brasil) reforçou a postura agressiva do grupo, afirmando que o Executivo terá dificuldades para governar sem o apoio da Câmara: "Quem ganhou governa e quem ainda está no processo somos nós, para ditar as regras da fiscalização. Quem tá pensando que vai deitar e rolar na nossa cidade pode pegar seu cavalinho e tirar, porque tem vereador da favela aqui dentro. Quero dizer que o Executivo vai administrar. E quem manda na cidade com as pautas é a Casa Legislativa. É aqui que dita regras", ressaltou ele, que também não de mobilizou para “ditar regras” em defesa da população, durante os últimos oito anos. “A chibata vai doer no lombo na casa de Noca”, esbravejou Dudu do Povo.

O vereador Herbinho (União Brasil) foi ainda mais direto, declarando que o grupo pretende impedir a criação de cargos e secretarias, e que todas as decisões do Executivo terão de passar pelo crivo da Câmara: "Não perdemos a guerra. Perdemos uma batalha e vamos ganhar a próxima que vai ser aqui na Câmara em 2025, com nosso grupo unido, com 14 vereadores e vamos ter a presidência da Câmara e vamos pautar eles. Não vamos deixar eles criar cargos, criar secretarias. Vai ter que passar pela Câmara, tudo pela Câmara", afirmou.

Em uma fala controversa, que beirou a quebra de decoro, Jamesson (União Brasil), tendo nas mãos uma calcinha vermelha, afirmou que Caetano terá de "sentar no colo" do próximo presidente da Câmara, caso queira governar. "Já começamos as articulações, o próximo presidente dessa casa vai ser nosso. Anotem aí, pra governar aqui, já tô lhe avisando, quando você mandar suas mensagens, seus projetos, vai ter que sentar no colo do próximo presidente. Vai ser desse jeito. Se quiser viabilizar secretaria, se quiser fazer obra, se quiser fazer qualquer coisa", afirmou ele, reforçando que é desse jeito que ele gosta de fazer política.

Menos agressivos, mas também alinhados

Com discursos menos inflamados, mas ainda apoiando a ideia de união contra a gestão de Caetano, o vereador Elias Natan (União Brasil) reforçou o compromisso do grupo com a presidência da Casa Legislativa, afirmando que essa decisão já está tomada entre os 14 vereadores aliados. "Faremos presidente dessa Casa, que é um compromisso assumido entre os 14. A partir de janeiro de 2025 teremos uma Câmara combativa, uma Câmara independente, uma Câmara que honra seus compromissos."

Ivandel Pires (União Brasil) e Niltinho PDR também reforçaram a postura de oposição, afirmando que a população os escolheu para fiscalizar a nova administração. "Parte da população de Camaçari escolheu a gente para ser oposição. Já que eles querem isso, seremos 14 vereadores de oposição", declarou Ivandel, enquanto Niltinho completou: "Eu quero ver como eles vão administrar. Se ele administrar tudo certinho para o povo de Camaçari, nós vamos estar lado a lado, mas eu quero ver.".

Vale registrar que Niltinho e Natan foram os únicos a fazer ressalvas e declarar que não pretendem barrar ou inviabilizar projetos que beneficiem a população de Camaçari, embora ainda tenham reforçado o compromisso de caminhar como grupo unificado.

Palavra inteira

Diz o ditado que para bom entendedor meia palavra basta, mas nesse caso nem foi necessário: os vereadores da direita camaçariense foram claros e deixaram explícito qual e com quem é o compromisso assumido para os próximos quatro anos. A pergunta que fica é: quem votou neles, esperando o melhor para o município, está feliz com essa postura? Fica a pergunta. Assista a Sessão.

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