Foto: Mâmara
A Câmara de Vereadores de Camaçari registrou mais uma sessão com bancada única, onde os vereadores da oposição deram o tom da 12ª Sessão Ordinária do Primeiro Legislativo, nesta terça-feira (15). Os vereadores da base do governo optaram por acompanhar a saída dos caminhões para a entrega das Cestas de Páscoa na sede, e alguns dedicaram a manhã para fiscalizar os pontos de entrega.
Em mais um episódio, que tem sido corriqueiro, a oposição deitou e rolou, sem nenhuma resistência do governo. Quem gosta dos embates na tribuna, ficou decepcionado. É o caso do líder da oposição na Casa, Dudu do Povo (União), que optou por fazer a entrega de de uma Moção e deixou o assunto do dia para outra oportunidade, com a presença dos vereadores governistas.
Denúncias e cobranças por serviços pautaram os Assuntos Gerais. Confira:
Vencendo pelo cansaço
Supreendentemente, o primeiro assunto do vereador Jamessom (PL), não foi sobre as Cestas de Páscoa 2025. Ele fez uma denúncia referente ao Hospital Geral de Camaçari (HGC), que teria fechado as portas na segunda-feira (14), para demanda espontânea. Jamesson afirmou que teria se reunido com médicos do HGC e a orientação seria de deixar as pessoas esperando, “não atender de imediato” as pessoas que vão lá.
Segundo o vereador, a política do hospital seria de devolver o paciente para a UPA ou deixar esperando “pra pessoa se tocar”. Disse ainda, ter visto conversas em grupo de WhatsApp de médicos onde a orientação teria sido passada. “Estou com os prints, tou com as conversas aqui”, afirmou.
Dormindo no ponto
Também sobrou para os servidores comissionados e para a comitiva que acompanhou o prefeito Luiz Caetano (PT), na saída dos caminhos para a entrega das cestas. De acordo com o vereador, os caminhões chegaram 5h00 da manhã, os comissionados da Prefeitura chegaram por volta das 6h30, e o prefeito só chegou mais tarde, com o sol alto.
Pauta fixa
Acharam mesmo que o vereador não ia falar sobre a licitação das cestas? Jamessom continua com a ideia fixa de que houve favorecimento e para divulgar sua teoria, prometeu distribuir 50 mil panfletos. O vereador também argumentou que a empresa que ele considera que seria apta para ganhar a licitação, apresentou um orçamento de R$ 165,66 reais, e o da ganhadora foi de 206,59. Disse, mais uma vez, que fez denúncias e voltou a questionar a quantidade das cestas. “Será mesmo que tem 60 mil cestas? Quem garante isso, quem contou, quem fiscalizou?”, perguntou.
O vereador citou ainda, a morte do jovem Felipy Souza Santos, de 23 anos, morador do bairro Limoeiro. Felipy estava trabalhando na entrega das cestas em Abrantes na segunda-feira (14), quando teve um surto, subiu no telhado da escola por duas vezes e depois passou mal. O jovem foi socorrido, mas veio a óbito.
O vereador cobrou uma assistência mais incisiva da gestão pública. “Prefeitura não soltou uma nota, prefeito não esteve no local, a secretária também não soltou uma nota. Morreu um ser humano na entrega das cestas. Independente do que teve lá, é uma vida, protestou. Segundo ele, a família não foi procurada pela empresa ou gestão municipal. A Prefeitura Municipal enviou nota para os meios de comunicação, mas não efetuou nenhum registro em suas redes sociais ou site oficial.
O vereador Dr Samuka (PRD), também se pronunciou sobre o caso e cobrou empatia. “No mesmo lugar que tinha o defunto, as pessoas estavam pegando as cestas”, refletiu.
Mobilidade urbana
O vereador Jackson Josué (União), declarou que o governo municipal perdeu o prazo do Ministério das Cidades para o município ter acesso aos ônibus elétricos com ar condicionado. O prazo inicial foi estendido até hoje, e na opinião do vereador, o projeto não foi enviado. A declaração causa estranhamento, pois no mês passado o prefeito esteve em Brasília, direto na fonte, em reunião no Ministério das Cidades.
Uma só voz
O vereador Jackson também dedicou sua participação para opinar e apoiar temas debatidos pelo seu antecessor, Jamessom. Jackson criticou a logística de entrega das cestas e o atendimento no HGC. “O Hopital Geral tá um caos”, declarou e foi mais incisivo, afirmando que está faltando remédios no hospital e que pessoas foram a óbito por falta de medicamento. Segundo ele, as denúncias são de médicos da unidade.
Maurício Qualidade (União), também aproveitou a oportunidade para dizer que médicos e maqueiros da cidade estariam completando três meses de salário atrasados.
Regimento Interno
Seguindo protocolo da Casa, o vereador Elias Natan, vice-presidente da Câmara, leu o ofício de expulsão do vereador Ivandel Pires do União Brasil, enviado pelo partido para a casa. Sem críticas ou delongas, o documento assinado pelo presidente municipal da legenda, Helder Almeida, comunica o “desligamento, expulsão do ilustre vereador Ivandel Pires desta agremiação”.
Museu de grandes novidades
Os vereadores Dr Samuka (PRD) e Manoel Filho (PL), cobraram serviços de tapa buraco, limpeza de mato e conclusão de obras. No entanto, algumas intervenções são referente a problemas preexistentes, que vieram da antiga gestão e estão sendo tratados como novos, não invalidando a solicitação, mas lembrando que essas intervenções demandam tempo.
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