O vereador Dentinho (PT). Foto: Câmara de Camaçari
O clima é de apreensão no gabinete do vereador Dentinho do Sindicato (PT). É que o parlamentar aguarda com ansiedade o parecer do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA), referente ao recurso que pede seu afastamento imediato de suas funções na Câmara. Por outro lado, assessores do principal beneficiado com a cassação de Dentinho, já comemora nos bastidores a possibilidade de assumir a cadeira.
Nas redes sociais, há comentários de que Téo Ribeiro, primeiro suplente pelo Partido do Trabalhadores e atual secretário de Esportes, Lazer e Juventude, estaria na expectativa para assumir o cargo, o Camaçari Fatos e Fotos(CFF), porém, não conseguiu confirmar a informação.
O vereador Dentinho foi condenado em 2024 por violência política de gênero e importunação sexual após denúncia da vereadora Professora Angélica Bittencourt (PP), candidata a vice-prefeita na chapa com Flávio Matos (União). Na época, a decisão judicial seguiu o parecer do Ministério Público Eleitoral (MPE), que pediu à Justiça que o vereador de Camaçari fosse condenado pelos crimes de violência política de gênero e importunação sexual, sendo a primeira condenação por violência política de gênero na Bahia e a terceira do Brasil.
Na denúncia apresentada pela ex-vereadora, consta que Dentinho teria dificultado o trabalho de Angélica na Câmara Municipal de Camaçari, inclusive substituindo a placa com o nome dela pela sua própria, e impedindo-a de ocupar seu lugar habitual durante uma sessão realizada no dia 28 de junho de 2022.
Mesmo com o processo eleitoral em curso no ano passado, o processo continuou tramitando e em dezembro, o TRE-BA acolheu um recurso e o parecer do MPE-BA, aumentando a condenação do vereador de dois para quatro anos, oito meses e 15 dias de reclusão, em regime semiaberto, além de 100 dias-multa no valor unitário de um salário mínimo pelos crimes cometidos contra a vereadora. Agora, o MPE-BA novamente recorreu da decisão e entrou com um recurso pedindo o afastamento imediato do vereador.
Caso a decisão do TRE-BA siga o entendimento do MPE-BA, o vereador reeleito em outubro de 2024 com 1.896 votos deixa o cargo.
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