Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Era 22 de dezembro de 2022 e o presidente eleito para seu terceiro mandato, Luiz Inácio Lula da Silva, fez um breve discurso no auditório do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, para uma entrevista após receber o relatório da equipe de transição. Ali, nove dias antes da posse, ele fez uma que permanece atual e serve não só para o Governo Federal, mas para todas as esferas: governo não precisa de puxa-saco.
“Isso é importante, não deixem de cobrar. Se vocês não cobram, a gente pensa que tá acertando, e muitas vezes a gente tá errando e continua errando porque as pessoas não reclamam.”, declarou ele, ressaltando a necessidade da cobrança honesta.
“Quero dizer em alto e bom som: nós não precisamos de puxa-saco. Nós não precisamos de puxa-saco! Um governo não precisa de tapinhas nas costas. Um governo tem que ser cobrado todo santo dia, pra que a gente consiga aprimorar a nossa capacidade de trabalho. É isso que eu espero de vocês. Cobrem, cobrem e cobrem para que a gente faça, faça e faça“, finalizou o então futuro presidente.
Na ocasião, o discurso de Lula foi dirigido a apoiadores e co-partidários. Porque a direita, como é notório, já se dedica a “cobrar”, ou melhor, atacar. Além disso, era um discurso sobre o governo federal. No entanto, governo é governo e as palavras do presidente valem para todas as esferas.
A crítica é necessária. So que não a crítica vazia, destrutiva, sem compromisso com a população e que só tem olhos para quantos votos é possível conquistar falando mal do adversário sem nada produzir. Mas a crítica justa e honesta, focada no bem estar da população, é que todos deveriam fazer, principalmente quem foi eleito para fiscalizar.
Em Camaçari, o comum sempre foi o puxa-saquismo dos aliados, com raras exceções como a ex-deputada Luiza Maia (PT), que antes foi ex-vereadora e nunca perverteu seus valores para agradar a ninguém. Um belo exemplo foi a greve dos professores estaduais quando ela se manteve ao lado da sua classe e “contra” o governo do Estado, também petista. É esse tipo de crítica que precisa existir.
Nesses oitos anos, o que era comum foi refinado a níveis crueis. Agora o governo municipal, que se arrasta a passos lentos para o fim, deixa um legado de sofrimento e um time de vereadores que é maioria, ainda não desceu do palanque e já prometeu travar a gestão do próximo prefeito. Isso não é crítica. É politicagem, pra não dizer perversidade.
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