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Prefeitura de Camaçari (Foto: Reprodução)Prefeitura de Camaçari (Foto: Reprodução)

Na semana passada, o prefeito de Camaçari, Elinaldo Araújo (União Brasil), publicou um decreto com a exoneração de todos os cargos comissionados no âmbito da administração pública direta municipal. A estimativa é de que cerca de 3 mil pessoas perderam seus empregos. A medida foi tomada após a derrota do correligionário Flávio Matos nas eleições.

Desde então, os moradores do município têm passado por problemas na prestação de serviços públicos mais básicos. Nas escolas municipais, funcionários de limpeza, vigilância, merendeiras, auxiliares e terceirizados em geral estão sendo demitidos e as unidades ficando sem pessoal para funcionar adequadamente.

Josemiran Marques, diretor do Sindicato das professoras e professores da rede pública municipal de Camaçari (Sispec), informou que algumas escolas já sofrem com a redução da força de trabalho.

“Esses últimos dias várias escolas, como a Luiz Pereira e o Centro Educacional de Barra de Pojuca, ficaram sem acolher os alunos por falta de vigilante para abrir a escola”, exemplificou.

“Está difícil, todo dia recebemos denúncias de várias escolas. Se alguma providência não for tomada a situação vai piorar. Está virando um caos”, pontuou o sindicalista.

A situação também afeta a saúde. Relatos apontam redução no atendimento de unidades médicas e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Além disso, a prefeitura diminuiu o número de salva-vidas de 64 para apenas 26, tornando a cobertura dos 42 km de costa camaçariense, ainda mais complicada, em plena alta estação.

A prefeitura foi procurada pela reportagem, mas não obteve resposta. O espaço está aberto para manifestações.

Ação no MP

O prefeito eleito, Luiz Caetano (PT), se reuniu na manhã desta segunda-feira (4) com o procurador-geral do Ministério Público da Bahia, Pedro Maia, para pedir apoio em relação à situação em Camaçari.

O petista relatou, em entrevista coletiva, que entrou com ação do MP-BA contra a suspensão de serviços essenciais feita pela prefeitura nos últimos dias.

“O prefeito interrompeu serviços essenciais, já afastou médicos, estagnou convênio com funerárias, o SAMU está praticamente sem funcionar, também suspendeu o transporte universitário no final do ano, em que muitos estudantes tem prova. São mais de 3 mil estudantes que são transportados diariamente para suas universidades e isso é muito cruel. Por isso, entramos com representação no Ministério Público contra todos esses absurdos do prefeito”, explicou.

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