Ex-ministro da Justiça Pública Sérgio Moro (Foto: Reprodução)
O ex-ministro da Justiça Pública Sérgio Moro solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a determinação de um novo relator para o inquérito que investiga a suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Polícia Federal. O pedido foi feito na tarde desta terça-feira, 13, devido a aposentadoria do ministro e relator do processo, Celso de Mello.
"Em virtude da aposentadoria do Decano do Supremo Tribunal Federal, o ministro Celso de Mello, torna-se necessária a redistribuição do feito, considerando a natureza do procedimento", afirmou a defesa de Moro, segundo informações do UOL.
Antes de se aposentar, Celso de Mello chegou a votar a favor de rejeitar o recurso da AGU (Advocacia-Geral da União) que solicitava que Bolsonaro prestasse depoimento por escrito. Para ele, isso seria um "privilégio" que não é garantido por lei ao presidente da República quando este figurar como investigado.
Em entrevista à CNN, Moro disse que o pedido da sua defesa não teve como intenção fazer com que o desembargador Kássio Nunes Marques, que ocupa o lugar de Mello, fique com o caso.
É uma decisão da [minha] defesa. Ela tem as razões dela. Não tenho nada contra o ministro, ao candidato [Kássio Nunes Marques] indicado [ao STF]. Talvez, a minha única contrariedade em relação a isso, foram algumas declarações que o candidato fez e sugerem que ele não seria favorável a uma revisão da jurisprudência para restabelecer a execução criminal. Mas isso não significa que ele não seja um bom jurista. São divergências razoáveis. Não o conheço ele. Torço para que tenha sucesso", declarou.
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