Ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro (Foto: Adriano Machado - Reuters)
Atingido em cheio pelas irregularidades da Operação Lava Jato reveladas pelo site Intercept Brasil, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, já estuda o melhor momento para deixar o cargo. É o que aponta a revista Crusoé, do site O Antagonista, publicações de extrema-direita que funcionam como porta-vozes de Moro e da Lava Jato.
"O próprio Sergio Moro, cuja autoridade acabara de ser posta em xeque mais uma vez pelo presidente, poderia se demitir? As bolsas de apostas em Brasília fervilhavam. Moro evitou falar. “Sem comentários”, dizia ao ser indagado sobre as declarações de Bolsonaro. Nos bastidores, porém, sabe-se que ele não está feliz. E, a pessoas próximas, já fala inclusive sobre qual seria o momento ideal para deixar o cargo…", diz um trecho da reportagem de Fabio Serapião, interlocutor habitual do ministro da Justiça.
Outros membros da Polícia Federal, subordinada a Moro, também ameçam deixar seus cargos por causa da interferência de Jair Bolsonaro, que tenta evitar investigações sobre a sua família.
De acordo com as revelações do Intercept Brasil, Moro interferiu no trabalho de procuradores quando julgava os processos da Lava Jato em primeira instância jurídica. Ele negociou acordos de delação premiada, questionou a capacidade de uma procuradora em interrogar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e recomendou acréscimo de informações na elaboração da denúncia contra um réu - Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com a Petrobrás. Também sugeriu a inversão da ordem das fases da operação.
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