O senador afastado Aécio e o deputado Rocha Loures foram gravados por Joesley Batista em negociação de pagamento de propina pelo empresário (Foto: Valter Campanato l Agência Brasil)
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recorreu ao Supremo Tribunal Federal, contra a decisão do ministro Luiz Edson Fachin, relator da operação Lava Jato no STF, que não aceitou o pedido de prisão imediata do senador afastado, Aécio neves (PSDB) e do deputado federal afastado, Rocha Loures (PMDB).
Janot pede que Fachin reconsidere o pedido e leve o mesmo em caráter de urgência ao pleno do STF para que seja julgado pelos outros 11 ministros.
Segundo o procurador-geral, a prisão de ambos se faz necessária uma vez que soltos eles podem continuar usando de poder de influência para interferir nas investigações da operação Lava Jato como já ficou provado em grampos e delações premiadas.
De acordo com a PGR, a prisão só não foi decretada no momento do flagrante do pagamento de propina para que os investigadores pudessem coletar provas ainda mais robustas contra os congressistas.
"Nesse sentido é importante destacar que a ação controlada requerida no bojo da Ação Cautelar 4315 não objetivou apenas monitorar o pagamento da propina destinada ao senador Aécio Neves, mas também os repasses de valores espúrios ajustados entre Joesley Batista, o presidente da República, Michel Temer, e o deputado Rodrigo Loures", afirma Janot.
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