Mais um ano juntos. Rimos, choramos, nos envolvemos em polêmicas, encontramos desaparecidos, ajudamos quem precisava de apoio e não perdemos a capacidade de nos admirar, solidarizar e ter fé. São nove anos dessa convivência, do Camaçari Fatos e Fotos (CFF) e você. Por mês, uma média de 2 milhões e 200 mil visualizações no site. Nas redes sociais, quase 400 mil fãs elegeram a fanpage do CFF como sua opção de notícia e entretenimento.
E quem foi 2016? O que dizer desse ano de retrocessos, reviravoltas e enredo que nenhum cineasta teria a capacidade de imaginar?
Dengue, zika e chikungunya. Quem é baiano começou o ano favorável, em clima de festas e verão, acreditávamos que essa era a única preocupação para o ano que se iniciava: combater ao mosquito Aedes Aegypti. Logo, nos deparamos com outra triste realidade. Crianças nascidas com microcefalia e o temor de pais e mães que não sabiam como lidar com a situação.
Em meio a guerras, ataques terroristas, preconceito racial, contra mulheres e homossexuais, começamos nossa própria cruzada pela moralidade nas contas públicas e contra a corrupção. O povo brasileiro foi às ruas, protestou, bateu panela e conseguiu: a presidente eleita, Dilma Rousseff, foi destituída do poder, dando espaço para o vice-presidente Michel Temer. Mas, não demorou para a crise agravar, os novos ministros começaram a cair e despontar denúncia de envolvimento do novo governo com atos ilícitos.
Paralelo a isso, envolvidos em um mar de corrupção, grandes símbolos nacionais como a Odebrecht e a Petrobrás começaram a ser passadas a limpo através da Operação Lava Jato. E sim, conseguimos a façanha de derrubar a teoria de que "rico não vai para a cadeia no Brasil". Do primeiro escalão nacional às prefeituras do interior, nada escapou, poucos estavam isentos de culpa. Enquanto isso, a economia oscilava, os postos de trabalho se fechavam e crescia a informalidade.
Para não dizer que foi tudo perdido, em meio aos dramas pessoais, ainda tivemos força para unir toda a nação em solidariedade e revolta contra o estupro coletivo no Rio de Janeiro e paramos tudo para ver os Jogos Olímpicos sediados no Brasil.
Às margens do Polo Petroquímico, Camaçari não deixou de sentir o efeito do agravamento da crise financeira e falta de confiança na economia do país. Esse foi mais um ano que a JAC Motors prometeu e não veio, que a Ford deixou 2 mil trabalhadores na berlinda e que a Tigre resolveu encerrar as operações.
Na administração pública, as críticas por falta de serviços públicos foram sufocadas com a paixão movida pela política durante o período de pré-campanha, campanha e eleição, para ressurgir com toda força nos últimos meses desse ano. Lixo e entulho nas ruas, fechamento de unidades de saúde, redução de verbas para educação e serviços públicos tornaram esse, um dos anos mais amargos da administração pública no município.
E o jogo virou. O rompimento entre o Partido dos Trabalhadores e a administração municipal se confirmou e Elinaldo trinfou. Todas as esperanças, o voto da revolta e vontade de fazer diferente foram depositadas no autodenominado 'Time Azul', conduzindo o democrata ao poder.
Mas, nenhuma perda financeira, política ou partidária consegue chegar próxima da dor que sentimos aos perder amigos, parentes e entes queridos no Novembro mais triste do país. Nossos prantos e consternação pela tragédia na farmácia Pague Menos ainda não tinham abrandado, quando na semana seguinte todo o Brasil virou Chapecoense Futebol Clube em solidariedade à cidade e time que sofreu com essa grande perda.
Assistindo os últimos momentos de 2016, algumas lembranças já nos fogem, outras preferimos esquecer, mas de uma coisa temos certeza: 2017 vem com toda nossa esperança e fé por dias melhores. E nós, o Camaçari Fatos e Fotos (CFF), se assim Deus o permitir, estaremos aqui, junto com vocês. Felizes pelas conquistas, nos emocionando e fazendo nosso melhor para mantê-lo bem informado, com vez e voz.
Feliz Ano Novo!
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