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As cirurgias ocorreram em 27 de setembro (Foto: Divulgação)As cirurgias ocorreram em 27 de setembro (Foto: Divulgação)

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) se pronunciou sobre o caso de pacientes que perderam a visão após procedimentos médicos em Parelhas. O órgão apura o que aconteceu para que 15 pessoas, que participaram de um mutirão promovido pela prefeitura, fossem contaminadas por uma bactéria, onde nove pessoas perderam o olho.

As cirurgias ocorreram em 27 de setembro, porém as vítimas começaram a se queixar de problemas entre 24h e 36h após o procedimento cirúrgico.

De acordo com o MPRN, houve uma falha na higienização e esterilização do ambiente cirúrgico, o que causou a infecção no grupo.“Não se sabe se foi falha de origem humana, mas essa é uma evidência”, explicou Ana Jovina de Oliveira Ferreira, promotora de Justiça de Parelhas.

Ainda de acordo com Ana Jovina, o “ponto de vista eleitoral será averiguado”, tendo em vista a proximidade do mutirão de cirurgias oftamológicas da eleição municipal, ocorrida em 6 de outubro.

“A máquina admnistrativa tinha ou não interesse eleitoral? Isso será averiguado. Entre a pesquisa que levantamos o simples fato de existir mutirão de saúde pública próximo à eleição não é conduta vedada pelo TSE, o que pode mudar é a finalidade administrativa dessa ação”, explica a promotora.

O MPRN recebeu três denúncias sobre o caso: uma anônima, uma de um dos pacientes e outra de um vereador, em 2 de outubro. “Esta semana fechamos a fase inicial, coleta de toda a documentação preliminar”, detalha Ana Jovina. “O MP passa, portanto, a averiguar a responsabilização com muita ênfase. A nova fase é análise do conteúdo coletado”.

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